segunda-feira, 3 de maio de 2010

Feira na China mostra ideias de vários países para melhorar a vida nas cidades.

Imagine se praticamente todos os países do mundo apresentassem juntos, num mesmo evento, sugestões para melhorar a vida nas cidades grandes. É isso o que acontece a partir de hoje na EXPO XANGAI 2010, a enorme feira mundial, como mostra o enviado especial à China.
Na frente de cada pavilhão, a imagem que deverá marcar esta feira: as multidões gigantescas. Para entrar em alguns deles, a demora era de três horas. Ninguém reclamava. Além da famosa paciência chinesa, eles estão muito orgulhosos de terem conseguido organizar um evento onde tudo é imenso.

O centro cultural que parece uma nave espacial ou uma concha fechada é tão grande que não cabe inteiro na imagem. Setenta milhões de pessoas são esperadas nos seis meses da exposição e a preocupação com a segurança é tão grande que todo mundo tem que passar por uma revista tão rigorosa quanto a dos aeroportos.
No pavilhão do Brasil, claro, também tinha fila. A primeira pessoa a chegar mereceu um prêmio: uma camiseta da seleção.
Lá dentro, os chineses se divertiram na tela onde é possível misturar, ainda mais, o nosso povo. No chão, que reproduz imagens de satélite do território brasileiro, eles deram um jeito de fazer a foto com o Brasil ao fundo.
Algumas chinesas disseram que gostaram de conhecer um pouco mais do nosso país, já que só sabiam que somos bons em futebol e samba.
A exposição apresenta novas tecnologias e projetos para melhorar a vida nas grandes cidades. Duas capitais brasileiras foram escolhidas para mostrar seus exemplos.
Porto Alegre mostrou o programa de governança solidária local, que procura aumentar a participação dos moradores nas decisões sobre a cidade. Na entrada do pavilhão de São Paulo, o visitante passeava no meio da marca registrada da cidade.
O exemplo da capital paulista foi o programa que limpou a poluição visual. Nas fotos, bastava um toque para o visitante ver como era e como ficou.
Não é possível melhorar a vida nas cidades, sem melhorar o trânsito. A feira mostra como isso pode ser feito. Com carros ecológicos e inteligentes, que não precisam de motorista. Sensores indicam a localização e um sistema de satélite guia o carro para onde o passageiro quer ir.
Um dos carros tem três fontes de energia. O teto é um painel solar. As rodas captam a energia do vento e a carroceria é feita de um material especial que absorvo dióxido de carbono e transforma esse gás poluente também em energia. No futuro, o motorista não vai gastar com combustível e ainda vai colaborar com o meio ambiente. Pos onde o carro passar, vai deixar o ar mais limpo.
Pode demorar um pouco, mas a feira está mostrando que, para melhorar a vida nas grandes cidades, não faltam boas ideias.
ASSISTA O VÍDEO

[Roberto Kovalick - Xangai, China - Jornal Hoje/Globo]

Nenhum comentário: