quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quando a oferta é maior que a demanda.

Economista e Diretor de Marketing da Rede Plaza de Hotéis

A Economia de Mercado sempre apresenta uma série de desafios para os empreendedores e empresários. De um lado, os consumidores que querem o melhor aqui e agora. São eles que determinam os sucessos e os fracassos das ações ou emissões das organizações com ou sem fins lucrativos. Para atendê-los são necessários estudos, pesquisas e respeitos às suas necessidades e desejos.
O marketing existe quando alguém decide satisfazer as suas necessidades e desejos por trocas.
Convém salientar que a troca é uma das quatro alternativas de que o homem dispõe para obter um bem e/ou um serviço; capaz de satisfazer a uma necessidade específica.
A primeira grande opção é a autoprodução, utilizando seus próprios esforços para caçar, pescar, colher frutas. Não precisa de apoio de outro ser humano. É obvio que neste caso não há mercado e nem marketing.
A segunda opção é a coerção. Um homem para não morrer de fome pode arrancar pela força a comida de outra pessoa furtando-a ou roubando-a. O máximo em benefício é não maltratar a vítima.
A terceira opção é a súplica. Um homem faminto pode implorar por comida. Apenas oferece sua gratidão como troca pelo gesto de caridade.
A quarta opção é a troca. Um homem faminto pode aproximar-se de alguém que tenha comida e oferece algo com instrumento de troca (dinheiro, outro bem ou serviço de valor aceitável).
O marketing existe com a quarta opção exigindo as seguintes condições: 1º) Existem duas pessoas; 2º) Cada pessoa tem algo que pode ter valor para a outra; 3º) Cada parte é capaz de se comunicar e de fazer a entrega; 4º) Cada parte é livre para aceitar ou rejeitar a oferta.
São estas as condições para que existam trocas, conforme entendimentos dos envolvidos. O conceito de troca determina a criação e o conceito de mercado. As relações entre as ofertas e demandas determinam os preços dos bens e/ou serviços.
Para que o marketing possa cumprir sua função é necessário entender o mercado em que se quer atuar. Exige percepções, pesquisas, estudos, entre outras ações para realizações de trocas nem sempre envolvendo necessariamente dinheiro.
Na realidade, o marketing pode e deveria ser estudado pelas organizações com ou sem fins lucrativos. Infelizmente, algumas pessoas confundem o marketing com anúncios publicitários e propagandas (partes integrantes das estratégias do marketing no “P” de promoção), prejudicando o desenvolvimento de muitas organizações.
No século XXI, no Brasil, grandes mudanças estão acontecendo com uma velocidade nunca vista. Existe uma oferta muito grande de bens e/ou serviços superando a demanda. O consumidor já percebe o seu poder e muitas organizações ainda não conseguiram identificar novas necessidades e desejos daquele que é soberano da Economia de Mercado.
Pode-se identificar, entre outras, a grande importância do Ponto de Distribuição, seja ele virtual (Comércio Eletrônico) ou físico (Pontos de Venda) com maior proximidade com o cliente ou potencial cliente: apresentando bons produtos; atendendo na hora certa; com a quantidade certa; com o preço certo.
É tema para profissional. Um desafio para as organizações.
Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
[Jornal A Razão - Santa Maria]

Nenhum comentário: