quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Copa do Mundo de Futebol 2014 em Porto Alegre: oportunidade e desafio à índole gaúcha.

Nelson Perez - Gestor de Marketing e Professor Universitário

Conhecido em todo o Brasil, o peculiar estilo competitivo gaúcho muitas vezes se configura como uma barreira a ser superada no ambiente de negócios do Rio Grande do Sul.
Comumente, a postura tradicional de tender por opções antagônicas e excludentes, impede que se possa gostar de algo sem que se deteste as outras alternativas, aprovar uma proposta sem desprezar todas as outras ou desejar o sucesso de um lado, sem desejar o fracasso de todos os outros.
Esta índole, visível muito mais para quem olha de fora do que pelos que aqui estão, acontece no esporte, na política, nas relações pessoais e também na dinâmica econômica local.

Em alguns casos, quem disputa consumidores com produtos iguais ou semelhantes, são mais do que concorrentes, são considerados adversários a serem batidos e até inimigos a serem eliminados.
Mesmo operações de segmentos de mercado diferentes, conseguem, por vezes, estabelecer relações competitivas intensas, nem sempre tecnicamente justificáveis.
Claro que também há o lado positivo nesta circunstância, que é o estímulo à luta, ao desenvolvimento, ao empreendedorismo e a busca de resultados sempre superiores a todos os outros já obtidos. Mas muito se tem perdido de energia com esta situação e, em algumas disputas cegas que não consideram o que realmente é importante, tem se desperdiçado oportunidades que, em alguns casos, nunca serão contabilizadas no seu todo, pois sequer conseguirão ser percebidas.

Neste contexto, a confirmação de Porto Alegre como subsede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, além de uma fabulosa oportunidade de desenvolvimento local, consequente do volume de investimentos em infraestrutura e da potencialização de negócios nas mais diversas áreas, constitui-se em um desafio de unidade de visão e de esforços orientados por um objetivo comum.

Talvez, seja essa, uma condição sem precedentes de aprimoramento da índole competitiva gaúcha, estabelecendo novos parâmetros de arranjos de investimentos e de relacionamentos no ambiente de negócios, que potencialize os resultados de cada um e permita, finalmente, o sucesso de todos.

2 comentários:

Marcio Ribeiro Pereira disse...

Essa revanche contínua travada pelos gauchos em alguns momentos chega a ser no minimo imcompreensível e prejudicial aos negócios e aos relacionamentos, é uma tradição negativa ao meu ponto de vista , pois na ansia de serem os melhores em tudo (mesmo não sendo, pois ninguem é bom em tudo)perden-se oportunidades de crescimento profissional e relacional, unir forças e competir de forma saudável é importante para solidificar e se posicionar no mercado, a agressividade que parte desse estilo inibe que empreendimentos bons consigam sair do papel e ganhar forma, veremos se a COPA muda um pouco esse infeliz estilo.

Marcio Ribeiro Pereira disse...

errata palavra correta Incompreensível