Inovação disruptiva cria para empresas a possibilidade de sobrevivência e crescimento no longo prazo.
No Brasil, inovar não é tarefa fácil. Alguns fatores atrapalham o desenvolvimento de processos de inovação como altos impostos, grau elevado de burocracia, altos índices de corrupção e histórico de cultura paternalista. “Apesar das diversidades, inovar é um caminho possível para as empresas brasileiras. Está na hora da disrupção no País”, aponta Kip Garland, professor da Fundação Dom Cabral, que falará sobre o tema durante a ExpoManagement 2011.
Em seu livro “O dilema de inovação”, o professor Clayton Christensen, da Harvard Business School, explica a inovação e também a evolução de negócios de uma forma geral. Por meio de dados e pesquisas, o livro comprova que a evolução de negócios acontece de uma forma muito dife¬rente que a intuitivamente entendida. Segundo Christensen, exis¬tem três maneiras de inovar:
- Aumentar a performance por meio de melhorias incrementais;
- Aumentar a performance via “um grande salto”, de forma radical;
- Mudar as dimensões de performance, tipo de inovação que o professor denominou “disruptiva”, também conhecida por inovação por ruptura.
Em um banco, por exemplo, o aumento de números de agências será uma inovação incremental, pois ajuda a ampliar a abrangência de acesso. A realização de transações financeiras pela internet é considerada uma inovação “radical”, já que melhora a dimensão de performan¬ce de abrangência de acesso, de uma forma não-incremental.
Já a inovação disruptiva muda a dimensão de competição e não aumenta a performance atual. “Se o Facebook começa a oferecer transferências de dinheiro diretamente entre os membros, pode ser considerada uma inovação disruptiva. Mas isto não melhora o de-sempenho das dimensões atuais, de acesso ao capital, reputação e abran¬gência de acesso em comparação com as soluções atuais, como as agências e internet banking. Ao contrário, cria uma dimensão de performance com a possibilidade de transferir dinheiro sem intermediário”, explica Kip Garland.
A segunda importante característica de uma inovação disruptiva é que ela utiliza assimetrias de motivações para conseguir conquistar mercados novos. No caso do Facebook oferecer transferência de dinheiro entre seus membros, inicialmente os bancos não teriam muito interesse em atacar a oferta por duas razões: os tipos de clientes aproveitando esta oferta provavelmente não é o mercado alvo para um banco, seja por falta de “nome limpo” ou emprego formal, por exemplo, e a baixa lucratividade diante da alta estrutura de custo do banco.
Segundo Garland, a inovação disruptiva pode trazer progressos ao País. “O Brasil tem um custo alto e ainda falta infraestrutura, educação, saúde e segurança. Porém, se as estratégias de inovação disrupti¬va forem empregadas, teremos um salto de progres¬so. Por ter uma confusão entre inova¬cão radical, que aumenta a performance atual, e inovação disruptiva, que muda as dimensões, existe a falta de estratégias adequadas para disrupção. No entanto, com uma formatação deliberada e específica para disrupção, o curso natural é o do crescimento”, finaliza.
[Portal HSM]
No Brasil, inovar não é tarefa fácil. Alguns fatores atrapalham o desenvolvimento de processos de inovação como altos impostos, grau elevado de burocracia, altos índices de corrupção e histórico de cultura paternalista. “Apesar das diversidades, inovar é um caminho possível para as empresas brasileiras. Está na hora da disrupção no País”, aponta Kip Garland, professor da Fundação Dom Cabral, que falará sobre o tema durante a ExpoManagement 2011.
Em seu livro “O dilema de inovação”, o professor Clayton Christensen, da Harvard Business School, explica a inovação e também a evolução de negócios de uma forma geral. Por meio de dados e pesquisas, o livro comprova que a evolução de negócios acontece de uma forma muito dife¬rente que a intuitivamente entendida. Segundo Christensen, exis¬tem três maneiras de inovar:
- Aumentar a performance por meio de melhorias incrementais;
- Aumentar a performance via “um grande salto”, de forma radical;
- Mudar as dimensões de performance, tipo de inovação que o professor denominou “disruptiva”, também conhecida por inovação por ruptura.
Em um banco, por exemplo, o aumento de números de agências será uma inovação incremental, pois ajuda a ampliar a abrangência de acesso. A realização de transações financeiras pela internet é considerada uma inovação “radical”, já que melhora a dimensão de performan¬ce de abrangência de acesso, de uma forma não-incremental.
Já a inovação disruptiva muda a dimensão de competição e não aumenta a performance atual. “Se o Facebook começa a oferecer transferências de dinheiro diretamente entre os membros, pode ser considerada uma inovação disruptiva. Mas isto não melhora o de-sempenho das dimensões atuais, de acesso ao capital, reputação e abran¬gência de acesso em comparação com as soluções atuais, como as agências e internet banking. Ao contrário, cria uma dimensão de performance com a possibilidade de transferir dinheiro sem intermediário”, explica Kip Garland.
A segunda importante característica de uma inovação disruptiva é que ela utiliza assimetrias de motivações para conseguir conquistar mercados novos. No caso do Facebook oferecer transferência de dinheiro entre seus membros, inicialmente os bancos não teriam muito interesse em atacar a oferta por duas razões: os tipos de clientes aproveitando esta oferta provavelmente não é o mercado alvo para um banco, seja por falta de “nome limpo” ou emprego formal, por exemplo, e a baixa lucratividade diante da alta estrutura de custo do banco.
Segundo Garland, a inovação disruptiva pode trazer progressos ao País. “O Brasil tem um custo alto e ainda falta infraestrutura, educação, saúde e segurança. Porém, se as estratégias de inovação disrupti¬va forem empregadas, teremos um salto de progres¬so. Por ter uma confusão entre inova¬cão radical, que aumenta a performance atual, e inovação disruptiva, que muda as dimensões, existe a falta de estratégias adequadas para disrupção. No entanto, com uma formatação deliberada e específica para disrupção, o curso natural é o do crescimento”, finaliza.
[Portal HSM]
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