Personagem que hoje representa o lado corporativo da empresa ganhará versão em videogame em que pode fazer malvadezas ou ser esperto como o filho de Homer Simpson.
O Mickey Mouse não foi o primeiro personagem da Disney. Mas foi o ratinho simpático que marcou gerações e virou sinônimo da companhia. No entanto, desde a reedição do filme “Fantasia”, em 1999, ele não estrela uma animação de grande porte. Por isso, ele é tido hoje mais como um símbolo corporativo do que um personagem amado pelo público mais jovem, como era no passado. Isso fez com que a Disney decidisse fazer algumas mudanças que deixam o rato mais famoso do mundo com uma personalidade mais próxima do jeito travesso de Bart Simpson.
Na verdade, trata-se mais de uma volta às origens do personagem. Quando foi lançado, em 1928, Mickey se metia em brigas, pregava peças em seus amigos e era capaz de ser agressivo com a namorada, a Minnie.
A estratégia é arriscada, já que a empresa não se pode dar ao luxo de gerar uma reação negativa por parte do público – afetando o grande negócio de US$ 5 bilhões por ano que é o licenciamento de sua imagem e de merchandising.
A Disney está testando o novo Mickey com cuidado. O primeiro sinal dessa repaginação virá no próximo ano, quando o videogame “Epic Mickey” for lançado para o console Wii, da Nintendo. Nele, Mickey ainda é o herói curioso que se arrisca em aventuras, mas terá momentos inéditos de mau-humor e dará uma de espertalhão em vários momentos.
“O Mickey nunca será mau ou sairá por aí matando pessoas”, disse Warren Spector, diretor criativo por trás do novo game, ao jornal “New York Times”. “Mas eu queria que as pessoas pudessem usá-lo para fazer travessuras – quando você joga com o Mickey, você pode se comportar desse jeito malvado ou até mesmo ser egoísta”.
Ao mesmo tempo, a Disney está estudando novidades na sua personalidade que vão do jeito de andar à forma como ele aparece na televisão e interage com as crianças pela internet. Até mesmo a sua casa no parque temático Disney deve passar por uma reforma. O projeto envolve as mentes mais brilhantes e criativas da empresa, inclusive o próprio CEO Robert Iger, mas ainda está em seus estágios iniciais. A ideia é esperar primeiro a reação do público ao game “Epic Mickey” para saber como proceder daqui em diante.
Hoje em dia, quem brilha nas animações e povoa o imaginário das crianças são o peixe-palhaço Nemo ou os bichos-papão de Monstros S.A., personagens da Pixar, empresa comprada pela Disney, ou o ogro Shrek, da Dreamworks de Steven Spielberg. Segundo especialistas do setor de entretenimento, isso é um sinal de que Mickey perdeu importância. “Há um risco de alienar seu público alvo ao mudar um personagem tão célebre, mas é um risco que a Disney tem que correr”, disse Matt Britton, da consultoria de marca Mr. Youth.
[epocanegocios.globo.com/Revista - Rafael Barifouse]
O Mickey Mouse não foi o primeiro personagem da Disney. Mas foi o ratinho simpático que marcou gerações e virou sinônimo da companhia. No entanto, desde a reedição do filme “Fantasia”, em 1999, ele não estrela uma animação de grande porte. Por isso, ele é tido hoje mais como um símbolo corporativo do que um personagem amado pelo público mais jovem, como era no passado. Isso fez com que a Disney decidisse fazer algumas mudanças que deixam o rato mais famoso do mundo com uma personalidade mais próxima do jeito travesso de Bart Simpson.
Na verdade, trata-se mais de uma volta às origens do personagem. Quando foi lançado, em 1928, Mickey se metia em brigas, pregava peças em seus amigos e era capaz de ser agressivo com a namorada, a Minnie.
A estratégia é arriscada, já que a empresa não se pode dar ao luxo de gerar uma reação negativa por parte do público – afetando o grande negócio de US$ 5 bilhões por ano que é o licenciamento de sua imagem e de merchandising.
A Disney está testando o novo Mickey com cuidado. O primeiro sinal dessa repaginação virá no próximo ano, quando o videogame “Epic Mickey” for lançado para o console Wii, da Nintendo. Nele, Mickey ainda é o herói curioso que se arrisca em aventuras, mas terá momentos inéditos de mau-humor e dará uma de espertalhão em vários momentos.
“O Mickey nunca será mau ou sairá por aí matando pessoas”, disse Warren Spector, diretor criativo por trás do novo game, ao jornal “New York Times”. “Mas eu queria que as pessoas pudessem usá-lo para fazer travessuras – quando você joga com o Mickey, você pode se comportar desse jeito malvado ou até mesmo ser egoísta”.
Ao mesmo tempo, a Disney está estudando novidades na sua personalidade que vão do jeito de andar à forma como ele aparece na televisão e interage com as crianças pela internet. Até mesmo a sua casa no parque temático Disney deve passar por uma reforma. O projeto envolve as mentes mais brilhantes e criativas da empresa, inclusive o próprio CEO Robert Iger, mas ainda está em seus estágios iniciais. A ideia é esperar primeiro a reação do público ao game “Epic Mickey” para saber como proceder daqui em diante.
Hoje em dia, quem brilha nas animações e povoa o imaginário das crianças são o peixe-palhaço Nemo ou os bichos-papão de Monstros S.A., personagens da Pixar, empresa comprada pela Disney, ou o ogro Shrek, da Dreamworks de Steven Spielberg. Segundo especialistas do setor de entretenimento, isso é um sinal de que Mickey perdeu importância. “Há um risco de alienar seu público alvo ao mudar um personagem tão célebre, mas é um risco que a Disney tem que correr”, disse Matt Britton, da consultoria de marca Mr. Youth.
[epocanegocios.globo.com/Revista - Rafael Barifouse]
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