Agências
As agências deverão crescer em média 10% em 2010, prevê Leonel Rossi Junior, diretor da Abav. “A economia entrou nos eixos e a distribuição de renda incentiva o turismo e o lazer”, diz. O dirigente avisa a quem pretende ingressar na área: é necessário ter experiência. Uma agência de médio porte, com cerca de 15 funcionários, exige investimento inicial de R$ 500 mil e capital de giro de R$ 300 mil. Pequenas e médias empresas predominam no setor, representando 92% do total.
Nichos
“Existem mercados para todos os públicos”, afirma Rossi Junior. O turismo para a terceira idade, os que buscam aventura e o público homossexual estão em alta. “O mais importante é oferecer qualidade”, diz. Natalia Frigo, sócia-diretora da agência DeLudy, voltada para o público gay, está satisfeita com os resultados iniciais do seu negócio. A agência foi inaugurada em agosto com um investimento de R$ 15 mil e no primeiro mês faturou R$ 80 mil. O mais importante para se dar bem nesse mercado é ter comprometimento e identificação com o público, além de muito profissionalismo, afirma a empresária.
Aventura
A combinação de natureza com atividades radicais gera negócios de R$ 490 milhões por ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta). Há 1.600 operadoras do gênero no país. Para Sergio Franco, diretor da Adventure Sports Fair, balonismo, paragliding, paraquedismo e asa-delta são as categorias mais promissoras, com crescimento de 20% ao ano. A procura por paraquedismo aumenta 10% ao ano desde 2000, de acordo com o presidente da Federação Brasileira de Paraquedismo, Francisco Leite de Carvalho. Em Boituva, principal centro do esporte em São Paulo, há 300 saltos duplos por fim de semana.
Hospedagem
O setor vive uma euforia desde a confirmação de que a Copa do Mundo de Futebol e a Olimpíada serão realizadas no Brasil. O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em São Paulo, Bruno Omori, afirma que a vinda de estrangeiros em grande número abre espaço para hotéis-butiques, com design e serviços exclusivos. O grupo Accor investiu US$ 34 milhões na primeira unidade latino-americana desse segmento, a Pullman, na Argentina. O Brasil deve ser um dos próximos destinos da rede. A ascensão das classes C e D, que representa 58,5% dos clientes potenciais do turismo doméstico, aumenta o movimento das pousadas. Para o consultor Roberto Miranda, da R. Miranda Formação Profissional, a quantidade de pequenos estabelecimentos com atendimento caseiro, internet sem fio e TVs de alta definição deve aumentar. Uma pousada padrão de 20 apartamentos exige investimento inicial de R$ 1,5 milhão, calcula Miranda.
[Revista PEGN /mercado]
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