segunda-feira, 30 de março de 2009

Para Kotler, o decisivo é a inteligência.

Apontado como a maior autoridade mundial em marketing, Philip Kotler levou para os participantes da ExpoManagement 2008 uma apresentação bastante reflexiva. Para Kotler, construir marcas fortes e buscar a sinergia entre as equipes das diversas áreas são aspectos fundamentais para a sobrevivência e o crescimento das empresas.
O mundo não pára de mudar. Questões como a desregulamentação, a competição exacerbada, o surgimento de novas tecnologias e de novas mídias, a transformação do varejo, o maior poder dos consumidores e as preocupações ambientais continuam na pauta do dia, com novos elementos a cada instante, e agora com um cenário econômico adverso.
É de enorme importância, assim, repensar as estratégias de marketing e de negócios, buscando passar pela turbulência e, mais do que isso, crescer. “Qualquer empresa ou país pode passar por problemas. Mas temos que passar com inteligência competitiva, identificando os sinais de alerta e as oportunidades. O amanhã já aconteceu hoje. Fique sempre de olho”, destaca Kotler.
Por isso, é necessário deixar de lado o marketing tático para focar o marketing estratégico.
Para navegar bem em águas revoltas, é fundamental contar com produtos e marcas fortes, agregando real valor às relações com os consumidores. Para tanto, uma atuação alinhada entre as áreas de marketing, vendas e desenvolvimento de produtos pode fazer a diferença entre sobreviver e crescer.
Além disso, os consumidores têm um poder maior e, em um período de desaceleração econômica, há uma tendência de que as pessoas busquem produtos que tenham uma melhor relação custo versus benefício, em vez de simplesmente olharem só preço ou só qualidade. “Acho que haverá um movimento em direção a produtos que tenham mais valor agregado, onde as pessoas percebam mais benefícios”, preconiza Kotler.

[Equipe HSM]

domingo, 29 de março de 2009

Mídias sociais geram resultados em marketing.

As mídias sociais estão se tornando ferramentas prioritárias para os profissionais de marketing e já estão gerando resultados para os negócios, segundo um estudo da WhitePaperSource.
O estudo ouviu cerca de 700 profissionais da área, dos quais 88% afirmam usar redes sociais como Facebook e Twitter como mídia para promover seus produtos.
A tendência é recente: o estudo indica que dois terços deles só começaram a usar as redes sociais há poucos meses.
A pesquisa revela ainda que 65% dos profissionais de marketing usam mídias sociais por 5 horas ou mais por semana e 39% gastam dez ou mais horas na atividade. Twitter, blogs, LinkedIn e Facebook são os serviços mais usados, nesta ordem.
Os resultados obtidos por estes profissionais são animadores: 81% acreditam ter obtido exposição do seu negócio com as iniciativas em mídias sociais. Um dos benefícios constatados foi uma melhoria na posição da empresa em rankings de buscas.
Além disso, metade dos profissionais de marketing disseram ter encontrado leads (oportunidades de negócio) qualificados nas redes sociais, e um terço fecharam negócios com a ajuda dessas ferramentas.
[Daniela Moreira - Infoonline]

sábado, 28 de março de 2009

O Nano vai virar mania na Índia.

Mais barato carro de série do mundo, o recém-lançado Nano terá pontos de venda adicionais e uma agressiva campanha de marketing para virar uma mania em seu país.
O empresário indiano Ratan Tata cumpriu neste 23 de março a sua promessa de produzir um carro de 100 000 rúpias, exatos 2 mil dólares na cotação de hoje. Em um concorrido coquetel na Parsi Gymkana, uma área de eventos ao ar livre no centro de Mumbai, ele apresentou a uma entusiamada plateia a versão definitiva do Nano. "Há seis anos, quando prometi que faríamos nosso carro por este preço, muita gente desdenhou e duvidou de que nossa equipe seria capaz de chegar lá", disse Tata, debaixo de uma salva de palmas e com um sorriso estampado no rosto. "Mas, nossa equipe trabalhou duro, quebramos paradigmas e o resultado é este: um automóvel com bom preço, muito espaço interno e que atende às normas de segurança da Índia".

É verdade que para cumprir a promessa de seu patrão, os engenheiros envolvidos no projeto tiveram de suar a camisa para cortar custos e excessos que causariam espécie até mesmo em um modelo pé-de-boi. No Nano versão básica, por exemplo, a mesma alavanca que acende os faróis serve de base para acionar o limpador de pára-brisa, os banco são sem revestimento (e um pouco duros), não há proteção para as bagagens e apenas três parafusos seguram cada uma das suas quatro rodas.

Mas, é bom que se diga, o carro mais barato do planeta tem lá suas virtudes: apesar de simples, seu desenho é simpático e há muito espaço para os passageiros do lado de dentro. Com espaço entre-eixos de 2,23 metros e amplos 1,62 metros de altura, ele acomoda - sem dificuldades - quatro adultos e uma pequena bagagem. Segundo os números de fábrica, seu desempenho é para lá de econômico. Ele percorre 23,6 quilômetros com um litro de gasolina. E com 18 centímetros de distância do solo pode enfrentar terrenos mais acidentados e a buraqueira de algumas estradas indianas. Para garantir que o Nano não quebre tão facilmente, ele sai de fábrica com garantia de 24 mil quilômetros (ou 18 meses de uso). "Quando falei que faríamos um carro barato, jamais quis dizer que entregaria aos nossos consumidores um meio carro", disse Tata.

[Fernando Valeika de Barros - Epoca Negócios]

quarta-feira, 25 de março de 2009

Cresce interesse por mundo corporativo na web.

O número de usuários ativos da internet em residências aumentou para 24,8 milhões em fevereiro de 2009, registrando crescimento de 12,5% sobre o mesmo mês de 2008, segundo o IBOPE Nielsen Online. Durante o período, esse público mostrou interesse acima da média por Informações Corporativas (23,8%), Viagens e Turismo (19,8%) e Comércio Eletrônico (17,0%).
Por ser um mês curto, o tempo de navegação por pessoa caiu 10,7% em relação a janeiro e 1,1% na comparação com fevereiro de 2008, ficando em 22 horas e 10 minutos.
No entanto, houve aumento de 3,9% sobre janeiro de 2009 e de 24% sobre fevereiro de 2008 do uso de banda larga nas residências, chegando 87% dos internautas. "Este crescimento foi maior no público feminino, principalmente crianças e adolescentes, justamente os perfis que historicamente menos usam conexões rápidas", informou José Calazans, analista de Mídia do IBOPE Nielsen Online.

População online
O total de acesso em todos os ambientes (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas, telecentros), considerando as pessoas de 16 anos ou mais de idade que moram em domicílios com telefonia fixa, foi de 43,2 milhões no quarto trimestre de 2008. Considerando todos os brasileiros de 16 anos ou mais de idade com posse de telefone fixo ou móvel, o IBOPE projeta a existência de 62,3 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer local.

[Redação Globo.com/tecnologia]

quinta-feira, 19 de março de 2009

Marketing por celular deve expandir 50% em 2009.

A atual condição de retração financeira e corte de custos vivida pelos mercados globais, o que vale mesmo é ter serviços eficientes, que gastem menos e gerem resultados. É neste contexto que se encaixa a nova moda de se fazer marketing via celular, o chamado mobile marketing, que vem se desenvolvendo no Brasil, impulsionado principalmente pela chegada do iPhone, da Apple, junto à tecnologia de terceira geração (3G).
De acordo com a Associação Brasileira de Marketing Móvel (AMMB), atualmente as marcas presentes no Brasil investem apenas 4% do orçamento total de marketing em ações no meio digital, como Internet, SMS e wap. A expectativa é de que, até o fim do ano, esse número aumente para 10%.
Luiz Santucci, presidente da AMMB, aposta em um crescimento de 50% do mercado de mobile marketing este ano, principalmente diante de um cenário de crise financeira em que as empresas estão interessadas em cortar custos e mensurar os resultados de suas iniciativas. "Os projetos de marketing digital, utilizando Internet, wap e SMS, têm um custo inferior ao dos realizados em veículos convencionais, como mídia impressa e televisão", explica Santucci. De acordo com o executivo, o percentual de investimentos das marcas em marketing digital ainda é pequeno , cerca de 4%, mas esse cenário deve ser alterado ainda este ano. "A expectativa é de que, neste ano, esse número aumente para 10%", diz.
Marcelo Castelo, diretor de Negócios para a área de mobile marketing da agência F. Biz, especializada em marketing digital, acredita que este é um mercado em franca expansão, já que o Brasil tem cerca de 150 milhões de celulares, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "O celular é o único meio de comunicação com interatividade total. Ele está 24 horas por dia com as pessoas, é um mercado que não tem como não dar certo", explicou Castelo.
De acordo com o executivo, além do menor valor de investimento exigido, o mobile marketing também chama atenção pela possibilidade de mensurar o resultado da ação sobre o usuário de forma instantânea."É uma possibilidade mais efetiva de controlar os resultados. Uma campanha em horário nobre de televisão custa caro e eu não sei quantas daquelas pessoas estão assistindo à mensagem ou de que forma elas a interpretaram", explica Castelo.
A expectativa é tão boa que, de acordo com Castelo, do crescimento de 50%, pelo menos 30% serão para projetos ligados a ações de mobile marketing.
[Erika Sena - DCI/notícia]

quarta-feira, 18 de março de 2009

Empreendedorismo por oportunidade cresce no Brasil.

Em 2008, o número de brasileiros que abriram um negócio por oportunidade superou o de pessoas que montaram uma empresa apenas por necessidade. É o que revela a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) divulgada nesta terça-feira (17) pelo Sebrae. O estudo constatou que para cada brasileiro que empreende por necessidade, dois o fazem por oportunidade. Nos Estados Unidos, existem seis empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade.

O empreendedorismo por oportunidade é aquele em que o empresário inicia um negócio com o intuito de melhorar sua condição de vida. Ele acredita no sucesso do empreendimento. Já no por necessidade, o empresário vê o negócio apenas como meio de sobrevivência e pode ser algo provisório.

Paulo Okamoto, presidente do Sebrae, afirma que o empreendedor por oportunidade deve ser estimulado porque é mais persistente e apresenta maior segurança nas estratégias destinadas ao crescimento do setor. Ele ressalta, porém, que quem vê no empreendimento apenas um meio de suprir uma falta de oportunidade também precisa de apoio e capacitação. Caso contrário, as chances do negócio não ir para frente são bastante elevadas.

Para Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve um aumento na qualidade do empreendedorismo brasileiro, o que tem feito com que a taxa de descontinuidade das empresas sofra um recuo. Entretanto, ele acredita que a grande maioria da população brasileira ainda sonha com o emprego formal. "Muitas pessoas preferem o emprego estável, com carteira assinada e só pensam em ter o próprio negócio quando ficam desempregadas e não há outra maneira de ganhar dinheiro para sustentar suas famílias", diz.

Segundo a GEM, há 14,6 milhões de empreendedores no Brasil. A taxa de empreendedores por oportunidade ficou em 8,03%, o equivalente a 9,78 milhões de pessoas. Já os empreendedores por necessidade obtiveram índice de 3,95%, um total de 4,81 milhões de indivíduos.

[Empresasenegócios/globo/mar2009]

segunda-feira, 16 de março de 2009

O Paradoxo da escolha: mais opções, menos felicidade.

Publicado em 2004, o livro “The Paradox of Choice: why more is less” (O Paradoxo da Escolha: porque mais é menos - ainda sem tradução no Brasil) de Barry Schwartz é uma leitura muito interessante, principalmente para quem trabalha com marketing, administração e inteligência de mercado.
O autor argumenta que essa infinidade de opções de escolha com que nos deparamos todos os dias é paralisadora e está exaurindo a psique humana. Pense, por exemplo, no número de escolhas que você é obrigado a fazer todos os dias desde que acorda de manhã. Na hora de escolher que café comprar, que tipo de leite, qual das centenas de opções de pão… Qual das centenas de opções de sabonete escolher na prateleira do supermercado. O que dizer então das opções de desodorante? Antitranspirante? Em roll-on? Em creme? Aerosol? Com ou sem perfume?

Enfim, as escolhas de consumo mais simples do dia-dia acabam se tornando uma tortura. Na abundância de opções passamos a vida questionando nossas escolhas. Desde relacionadas com o tipo de café que compramos até com o tipo de profissão que escolhemos, de cidade, de relacionamentos…

Escolher, hoje em dia, demanda uma energia muito grande, nos deixa exaustos. Questionamos nossas escolhas até antes mesmo de nos decidirmos e de experimentá-las. E passamos a acreditar que nossos fracassos são sempre culpa de escolhas erradas que fizemos. Que “se” tivéssemos escolhido outra opção isso não aconteceria.
Ou seja, a abundância de escolhas fragiliza a felicidade. E tende a piorar, uma vez que se analisarmos que a tecnologia e os processos estão cada vez mais fáceis de copiar, a tendência é que tenhamos produtos cada vez mais semelhantes em algumas áreas.
O paradoxo, então, é que pensamos que queremos mais escolhas, mas quanto mais opções temos menos satisfeitos ficamos.

[Webisider - comércio - comportamento]

sexta-feira, 13 de março de 2009

Gerentes, Diretores e Executivos da Rede Plaza definem estratégias de ação para 2009.

Diretores, gerentes e executivos dos hotéis e resorts da Rede Plaza de Hotéis no RS, Santa Catarina e Bahia estão reunidos nesta semana em Porto Alegre, no Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos, para traçar estratégias e analisar a programação do ano. O objetivo é aperfeiçoar e uniformizar o atendimento dos hotéis e resorts, melhorar cada vez mais a qualidade oferecida aos clientes - o grande diferencial da rede - e definir planos de marketing nas praças onde os hotéis atuam. Para o superintendente do grupo, Carlos Henrique Schmidt, a grande questão da hotelaria nacional é encontrar alternativas para desenvolver o turismo de negócios e de visitantes em tempos de crise, mas de forte estímulo ao turismo interno em razão das dificuldades, cada vez mais crescentes, das viagens ao exterior. "O ano é de esperança para o turismo interno e os nossos resorts estão aprimorando seus equipamentos e o atendimento prestado por seus colaboradores para conseguir captar, cada vez com mais qualidade e competência, turistas brasileiros e estrangeiros", disse ele.
[www.plazahoteis.com.br/notícias - 03/2009]

quarta-feira, 11 de março de 2009

Um S.I.M.- Sistema de Informações de Marketing é bem mais do que softwares e computadores.

Nelson Perez - Gestor de Marketing e Professor Universitário.

O S.I.M. - Sistema de Informações de Marketing ou Sistema de Informações Mercadológicas é uma estrutura de interação contínua de pessoas, equipamentos e processos, destinada a coletar, selecionar, processar, analisar, avaliar e distribuir, em tempo hábil, bons dados e boas informações para serem usados nos processos de tomada de decisão em marketing, com vistas a melhorar o planejamento, implementação e controle na gestão de uma Organização
.
Um adequado e eficiente Sistema de Informações de Marketing deve produzir maior celeridade na obtenção de informações permitindo melhor desempenho administrativo, coordenação e integração de dados dispersos, capacidade de utilização seletiva de dados, antecipação das tendências de mercado, melhores condições para elaborações de planos e instrumentos de controle e, redução ou eliminação da perda de informações.
A compreensão do significado de um S.I.M. e o relacionamento com ele é base fundamental para muito mais do que o planejamento, mas para o “pensamento” estratégico de uma Organização e de seus gestores.
A construção de um S.I.M. deve incluir levantamentos de dados primários e de dados secundários.
Dados primários são aqueles colhidos diretamente do cliente, do consumidor do mercado, ou seja, diretamente da fonte que emite a opinião ou as informações desejadas.
Dados secundários são aqueles já sistematizados e que tiveram seu processo de obtenção conduzido por outro operador. Alguns destes dados são de fácil acesso e publicizados sem restrições e outros, ao contrário, são produzidos para fins de comercialização.
Atualmente, a quantidade de fontes de informações ou de levantamento de dados é imensurável e o gerenciamento de um processo eficaz de produção e utilização de um S.I.M. exige boas concepções, competência técnica e tempo.
Neste contexto, as tecnologias de informação, como softwares, processadores e outras, representam ferramentas magníficas de um Sistema de Informações de Marketing, acelerando processos de busca, relacionando dados com precisão, produzindo cálculos, etc. Mas tudo depende de como este sistema foi concebido e do quanto está apto a oferecer o que dele se espera.
A qualidade de uma decisão é reflexo da qualidade das informações com base nas quais ela foi tomada.
Desta forma, softwares e computadores podem simbolizar um Sistema de Informações de Marketing, mas estes elementos não podem estar sozinhos. Esta imagem deve incluir papel, caneta, microfones e principalmente “cérebro”.

segunda-feira, 9 de março de 2009

PORTO ALEGRE CONVENTION & VISITORS BUREAU pode ser um importante parceiro de negócios.

O PORTO ALEGRE CONVENTION & VISITORS BUREAU trabalha para que PORTO ALEGRE e sua região metropolitana sejam o destino ideal para eventos.
Organização sem fins lucrativos, o POAC&VB atua como órgão de apoio e dinamização junto aos diversos setores ligados ao segmento turístico.
Para as instituições que escolham Porto Alegre como seu destino ideal, o POAC&VB presta cooperação e apoio técnico, disponibilizando material promocional, acesso à banco de fotografias, a estatísticas e outros dados especializados, além organizar e acompanhar visitas de familiarização a PORTO ALEGRE e região metropolitana. Todos estes serviços são prestados gratuitamente.
O POAC&VB tem por missão promover o desenvolvimento econômico, social, artístico-cultural, científico e tecnológico do Rio Grande do Sul, com prioridade para Porto Alegre e Região Metropolitana, através de estratégias planejadas e permanentes de Marketing e Relações Públicas na captação, geração e apoio a eventos, buscando aumentar do fluxo de turistas e aprimorar a infra-estrutura e serviços turísticos.
[www.poaconvention.com.br]

sexta-feira, 6 de março de 2009

A ciência derruba alguns mitos do marketing.

Exames no cérebro revelam ineficácia dos alertas dos maços de cigarro e semelhanças entre "consumo" e "religião".

O publicitário e consultor americano Martin Lindstrom sempre se interessou pelos consumidores fanáticos por marcas. São os obcecados por Harley-Davidson, os devotos da cerveja Guinness ou os admiradores da personagem Hello Kitty. Os fãs da Apple chegam a viajar pelo mundo para acompanhar as inaugurações das lojas da companhia americana. Há quatro anos, intrigado pelo comportamento quase religioso desses consumidores, resolveu investigar o que se passa em suas mentes. Com a assistência de neurocientistas, submeteu alguns desses fãs a exames de ressonância magnética. Fez o mesmo com uma turma de cristãos fervorosos. Suas suspeitas se confirmaram. Ao expô-los a objetos de sua devoção – como imagens de Coca-Cola e do papa –, descobriu que as mesmas áreas do cérebro eram ativadas. Os dois grupos de voluntários, aparentemente tão diferentes, compartilhavam o mesmo tipo de experiência neurológica.
Lindstrom resolveu ampliar suas pesquisas e chegou a conclusões que confirmam algumas verdades do mar­keting e derrubam outras tantas, resultados expostos na obra Buy-ology: Truth and Lies about why We Buy (“Consumo-logia: verdades e mentiras sobre por que nós compramos”), que acaba de ser lançada nos Estados Unidos. Foram três anos de estudo com 2 mil pessoas que se submeteram a exames de ressonância magnética – um esforço que consumiu US$ 7 milhões, bancados por empresas privadas, como o laboratório GlaxoSmithKline e o grupo de mídia Bertelsmann. Ao registrar as reações do cérebro dos voluntários, ele pôde constatar que muitas de suas decisões de consumo ocorrem em nível inconsciente, uma realidade que não consegue ser desvendada pelas tradicionais pesquisas de marketing. Algumas das descobertas relatadas em seu livro:

Maços de cigarros - Nas pesquisas de opinião, os consumidores afirmam que fotos agressivas nos maços conseguem alertá-los sobre os riscos de fumar. Os registros da ressonância magnética indicam o oposto, ou seja, as mensagens ativam a área do cérebro relacionada ao desejo e estimulam ainda mais a vontade de fumar.

Merchandising
- Funciona quando o produto está integrado à trama de um programa de TV ou de um filme. É o que ocorre com ET, o clássico de Steven Spielberg, quando o garotinho Elliott usa balas de uma marca americana para atrair o alienígena ao seu quarto. O simples aparecimento de um produto no fundo de uma cena – como as embalagens da FedEx que surgem em segundo plano no filme Casino Royale – não deixa nenhum registro perene na mente do consumidor, segundo a ressonância magnética.


Sexo - O uso de imagens de caráter sexual tem um efeito reduzido. O consumidor presta mais atenção nas imagens do que no produto. A exceção são as campanhas que criam polêmica, como as da marca americana Calvin Klein, que nos anos 80 usou falas sensuais da então adolescente Brooke Shields para vender jeans na TV.

Propagandas na TV
- São influentes, é claro. Mas os experimentos de Lindstrom revelam que já não têm o poder que exerciam antes. Por quê? Aos 66 anos, a maioria das pessoas terá assistido, pelas contas do autor, a 2 milhões de comerciais. É cada vez mais difícil criar uma memória duradoura de uma marca em suas mentes.


Os estudos de Lindstrom se somam a outras pesquisas de marketing que usam equipamentos de ressonância magnética. Uma das estrelas do chamado neuromarketing é o neurocientista americano Read Montague, que recentemente revelou por que os consumidores americanos tendem a preferir Pepsi a Coca-Cola nos testes às escuras, sem saber a identidade da bebida, mas dão preferência à Coca-Cola quando sabem o que estão bebendo. Os exames de ressonância magnética mostraram que, neste caso, é ativado o córtex pré-frontal medial, a região do cérebro onde são feitas as operações cognitivas mais sofisticadas, e o hipocampo, uma das áreas responsáveis pela memória. As campanhas da Coca conseguem associar a bebida, de acordo com Montague, a sensações de segurança e de inocência infantil.
Apesar de o livro de Lindstrom estar há pouco tempo nas prateleiras, já gerou um debate em jornais, revistas e blogs sobre as implicações éticas do uso das imagens do cérebro para aumentar a venda de produtos. Lindstrom diz que suas pesquisas buscam ajudar as empresas a entender melhor os desejos dos consumidores e usar esse “conhecimento para finalidades generosas”.
[Épocanegócios - Ed. 22]

terça-feira, 3 de março de 2009

Meio milhão de empresas pedem adesão ao Supersimples.

Mais de 500 mil micro e pequenas empresas solicitaram adesão ao Simples Nacional, o sistema de tributação do segmento. Ao todo foram 501.962 empresas, 301.962 a mais do que as 200 mil esperadas inicialmente. Os números superam os 309 mil pedidos feitos em janeiro de 2008.
O prazo de adesão começou em janeiro e foi encerrado no dia 20 de fevereiro. De acordo com a Secretaria Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional, em janeiro foram 384.504 e, em fevereiro, mais 116.458.
Do total de pedidos, 190.388 foram deferidos e 4.410, indeferidos por problemas cadastrais ou fiscais ou por pendências com estados e municípios. Mas a maioria, 61,2% dos pedidos, ainda está pendente de verificação, com problemas de débitos com a Receita Federal, estados e municípios. O resultado final está previsto para o dia 10 de março.
Na avaliação do gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, o interesse dos empresários pelo Simples Nacional confirma o acerto na criação do regime e é resultado dos ajustes feitos na lei que criou o sistema, a Lei Complementar 123/06 conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Em dezembro de 2008, por exemplo, entrou em vigor a Lei Complementar 128/08, que faz ajustes à Lei Geral, permitindo, entre as mudanças, a entrada de novos setores econômicos ao Simples Nacional e possibilitando resolver problemas relativos à cobrança do ICMS. "A grande quantidade de pedidos confirma o caminho correto da criação do Simples Nacional. Resta esperar que as empresas que estão com pendências consigam resolver os problemas para serem incluídas nesse sistema", diz Bruno Quick.
O secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, também avalia que a grande quantidade de pedidos de adesão ao sistema reflete a "importância do sistema para o segmento". Ele também credita a alta procura às mudanças feitas na lei, como a permissão para a entrada de novas categorias no Simples Nacional, além da possibilidade de empresas excluídas em 2008 tentarem retornar ao regime.

[Agência Sebrae de notícias]