terça-feira, 31 de maio de 2011

Síndrome de realeza.

Abraham Shapiro traz provocações e reflexões sobre a postura dos sucessores das empresas familiares, que enxergam as empresas muitas vezes como um “feudo absolutista”.
Um dos maiores geradores de crises e causa comprovada de ineficiência em empresas familiares ocorre especialmente quando a segunda geração assume, e eu costumo chamar de “Síndrome de Realeza”. É nada mais que um sentimento exagerado de poder que faz o diretor pensar que tornou-se um rei, e que, portanto, uma ordem sua aos subordinados bastará para que cumpram à risca o que ele deseja, e no tempo que mais lhe apraz.

Planejamento? Nem pensar. É que, no português claro, muito frequentemente este herdeiro mal sabe o que é planejar. Tudo é “para ontem”. Sem falar no uso daqueles recursos psicopatológicos como gritos, pressão e ofensas irracionais.

Mas há algo curioso nesse contexto – que chega a ser assustador. É o fato de que nada, absolutamente nada dá certo quando feito deste modo. Os subordinados detestam sentir-se manipulados. Por isso, caso não existam obstáculos reais, eles darão um jeitinho para criá-los, e assim, não atenderem ao pleito do poderoso chefão.

Estudiosos do comportamento humano nas organizações declaram que o gestor que pretende “manejar” sua equipe da mesma forma como maneja seu braço ou pés não irá longe.

Embora a autoridade possa, sim, gerar certo grau de desempenho, a pressão e as ameaças são inúteis para conseguir compromisso do pessoal. Ninguém extrai o melhor das pessoas por meio de prêmios ou castigos. Comprometimento só nasce da decisão interna de cada um, de sua livre opção de escolha.

A Pérsia é o antigo nome de um país que hoje se chama Irã. No passado, foi governada por um monarca cujo poder se estendia sobre a vida e a morte de cada um dos seus súditos. Seu título era Xá da Pérsia. As leis não o restringiam sobre nada, pois, a constituição estava subordinada à sua vontade.

Pois bem. Com todos estes fabulosos poderes, podendo fazer o que quisesse com as pessoas, o Xá jamais conseguiu que as obras públicas de seu país fossem entregues dentro do prazo estabelecido nos cronogramas. Nem matando ele conseguia pontualidade dos servos.

Para quem ainda vive na ilusão de ser sua empresa um feudo absolutista, vai aqui a minha pergunta incômoda ou provocativa de hoje. Se o Xá da Pérsia e Don Vito Corleone, o genuíno Poderoso Chefão da trilogia cinematográfica, conseguiram muito pouco através do uso da força, por que você ainda insiste em pensar que conseguirá mais? Mesmo frente aos resultados ridículos que, a essas alturas, sua empresa deve estar apresentando?

[Abraham Shapiro- Portal HSM]

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Marcas democráticas são oportunidade para o mercado de luxo.

Perder o preconceito. Este é o principal conselho para as marcas que desejam democratizar seus produtos e serviços para aproveitar o potencial de consumo das classes emergentes.
O que antes estava em um universo distante desta população, hoje é parte da realidade. Por mais que os consumidores da classe C não possam ter acesso a uma bolsa de R$ 30 mil ou a um veículo importado, eles consomem perfumes e bebidas importadas, querem um carro zero customizado e viajam para fora do país.
A chamada nova classe média é também a que mais contribui para o crescimento do país e para os lucros das empresas. Apenas 0,6% da população brasileira possui renda maior do que R$ 20 mil mensais, representando 307 mil famílias e um potencial de consumo de R$ 71,3 bilhões.

Em contrapartida, praticamente metade dos brasileiros são da classe C e representam um poder de compra 13 vezes maior do que o da elite brasileira, podendo movimentar R$ 923,5 bilhões em 2011, segundo os dados do Data Popular.
O progresso dos emergentes faz com que a classe C seja a mais otimista de todas as classes brasileiras. Enquanto 66% deles acreditam que sua renda melhorará em 2011, este número cai para 55% na classe A e 57%, na B. “O consumidor emergente é mais otimista porque progrediu muito e, portanto, mais ousado nos seus gastos e sonhos”, diz Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, em palestra do Atualuxo 2011.
Semelhanças entre classes
A cesta de produtos dos consumidores brasileiros também é semelhante, independente do grupo a que pertencem. O que muda é a frequência de compra. Apesar das diferenças de comportamento, há elementos comuns a todas as classes. Elas valorizam a autoestima, a sensação de prazer e recompensa, a qualidade, a autenticidade e a importância da cultura popular.
Este último é uma constante na nova classe média, que deseja ouvir quem entende e respeita seus valores, além de reconhecê-los na comunicação das empresas. As empresas que querem aumentar suas vendas precisam aprender a dialogar com estes elementos.

Um exemplo do potencial representado por estes consumidores no mercado são as despesas com viagens, que cresceram 158,25% entre 2005 e 2010, enquanto o consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais expandiu 152,33% no período.
“O aumento da renda e a oferta de crédito fazem com que um perfume de R$ 500,00, que não cabe no bolso, caiba em 10 parcelas de R$ 50,00. Não olhar para este consumidor é abrir mão de uma parcela significativa do potencial de compra de produtos de luxo e premium do Brasil”, ressalta Meirelles.
Dinheiro mudou de bolso

A semelhança no comportamento de consumo das classes é exemplificada em números. “De todo o vinho importado que é consumido no Brasil, as famílias da nova classe média são responsáveis por 35% e a alta renda e a elite por 49%. No passado, esse consumidor não comprava isso. É uma oportunidade de negócios”, conta o sócio-diretor do Data Popular.
Já dos 15,3 milhões de brasileiros que viajam para o exterior, 47% são consumidores emergentes. Deixar o preconceito de lado também é uma garantia para as marcas que querem sobreviver às mudanças. O dinheiro mudou de bolso. Quase metade da elite financeira do Brasil pertence à primeira geração de endinheirados da família.
Por isso, ainda que eles tenham condições de consumir, não conhecem os códigos culturais da elite e precisam que as marcas saibam dialogar. Neste sentido, a internet é um importante canal de compras, mais democrático, uma forma de fazer com que o cliente não se sinta excluído.
Os consumidores

Para se aproximar destes consumidores, especialmente os jovens emergentes, as marcas precisam ser democráticas. São aquelas que conseguem transitar bem entre os dois universos, como é o caso de Havaianas, que encontrou o equilíbrio entre o popular e o premium.
Outra empresa que desenvolveu uma estratégia de sucesso atuando em diferentes segmentos, sem perder o glamour do Luxo é a Ferrari. Nem todos podem ter um carro da montadora italiana, mas bonés, chaveiros e perfumes são consumidos em larga escala, tanto que representam 62% do faturamento da empresa.
“A marca democrática é influente, próxima, amigável, respeita a diversidade e desperta emoção. Empresas que prosperam são as verdadeiramente democráticas e que entendem que, no fundo no fundo, todos os consumidores são gente”, aponta o especialista em baixa renda.
[Sylvia de Sá - Exame.com]

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Escola de Gestão comemora oito anos e lança revista.

A Escola de Gestão Pública da Secretaria Municipal de Administração (SMA) lança nesta sexta-feira, 27, a Revista EGP. De caráter científico, a publicação traz artigos de servidores municipais sobre temas relativos à Gestão Pública. O lançamento acontece por ocasião da comemoração dos oito anos da Escola de Gestão Pública.
Segundo a secretária de Administração, Sonia Vaz Pinto, a iniciativa pretende divulgar os trabalhos científicos elaborados por servidores da prefeitura. “A revista vai servir de veículo para a disseminação das melhores práticas desenvolvidas pelos nossos colaboradores, que poderão servir de modelo a outras administrações municipais”, destacou.
Histórico

A Escola de Gestão Pública, que completou oito anos no dia 23 de maio, foi inaugurada em 2003. Antes da criação da EGP, as capacitações — assim como os serviços de acompanhamento funcional, controle e acompanhamento do Estágio Probatório e assessoria às secretarias — eram realizadas pela Coordenação de Desenvolvimento (CDES). Com base na necessidade de melhor atender as demandas de qualificação dos servidores públicos municipais e em sintonia com o contexto geral brasileiro de criação de escolas de governo, surgiu em 2002 a idéia de construir um projeto de escola que pudesse ultrapassar o modelo anterior.

Atualmente, a EGP conta com 11 profissionais em seu quadro funcional e mais oito estagiários, que organizam e executam os cursos embasados em quatro eixos: Gestão de Pessoas; Gestão Pública, Educação e Informática. A equipe também é integrada por 182 servidores que são contratados como educadores internos e 37 educadores externos de entidades como a Fundação Getúlio Vargas, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Ufrgs e PUCRS. Ao longo de 2010, esse grupo capacitou mais de 2.500 servidores.
[Cominucação - PMPA]

sexta-feira, 6 de maio de 2011

1º FAS - Fórum ADCE para Sustentabilidade.

Sustentáveis podem ser as técnicas para conjugar crescimento com preservação ambiental.
Sustentáveis ou não podem ser as práticas sociais que regulam a existência da própria sociedade.
Sustentáveis podem ser também os sistemas econômicos de produção e subsistência.
Tudo depende do que fazemos prioritário.É no debate profundo destes valores que trazemos o 1º Fórum ADCE para Sustentabilidade - FAS.
Pensadores e profissionais de renome internacional propondo a questão da sustentabilidade numa visão ampliada e essencial: SOCIEDADE SUSTENTÁVEL.
Será esta sociedade essencialmente a Sociedade do Amor?
Um Fórum para mobilizar o empresariado, dirigentes de empresas e a sociedade através do debate de idéias, valores cristãos e propostas concretas.

Principais Temas
- Consumo consciente
- Desenvolvimento científico e espiritualidade
- Ética e escolha responsável
- Capitalismo sustentável e comunidades solidárias
- Novos desafios da liderança cristã
- Água é vida

MAIS INFORMAÇÕES
CLIQUE AQUI
[fas-adce.com.br]