quinta-feira, 30 de junho de 2011

6 formas de pôr tudo a perder na entrevista de emprego.

Antes de sair de casa, o candidato deve riscar alguns afazeres da lista de preparação, como verificar quais são as perguntas clássicas, estudar as informações relevantes sobre o cargo e empresa e relembrar seus pontos fortes.

Chegada a hora de destacar as suas habilidades em frente ao entrevistador, o profissional deve ter calma e procurar evitar os 6 exemplos separados por Exame.com para não pôr tudo a perder:

1. Usar o celular
Pode até parecer um conselho dispensável, mas muitos candidatos se esquecem de desligar os aparelhos celulares e respondem a ligações em frente ao recrutador. “A atenção do profissional deve estar voltada para a entrevista de emprego, não só para não atrapalhar a sua concentração, mas em respeito ao entrevistador”, diz Mariciane Gemin, sócia-gerente da consultoria Asap.

Mesmo na sala de espera que antecede à entrevista, o ideal é aproveitar o momento para se concentrar e tentar relaxar antes da entrevista.

2. Usar gírias em excesso
O candidato deve se sentir à vontade, mas sem deslizar no exagero do coloquialismo. Assim como vestir uma roupa ideal para a ocasião, o profissional deve saber utilizar a linguagem que a situação pede.
“A entrevista de emprego é um ambiente que pede informalidade, mas o uso de gírias ou expressões mais apropriadas para o convívio com amigos e família”, diz Mariciane.

3. Falar mal do emprego anterior

O desafio do candidato é explicar porque está saindo do emprego anterior ou procura novas perspectivas sem falar mal da empresa onde trabalha. O risco é passar uma imagem de arrogância ou de ser um profissional que não possui foco no que deseja para a carreira.
Para evitar o descrédito logo de início, a consultora indica não usar o tom pejorativo para se referir ao gestor e local de trabalho atuais. “É melhor se focar nos planos para o futuro e nas metas que o candidato tem para a própria carreira”, aponta.
4. Fazer propaganda enganosa

Demonstrar falta de consistência nas respostas é um deslize comum entre candidatos que não querem perder a oportunidade de concorrer à vaga mesmo que não se encaixem no perfil. “Há aquelas pessoas que não atendem em plenitude alguns requisitos para a vaga, mas respondem positivamente para prosseguir no processo de seleção”, explica Mariciane.

Ao contrário do que esses profissionais acham, o risco não compensa. “O recrutador não irá se lembrar do profissional para outro projeto, porque vai antes se lembrar de alguém que não foi totalmente honesto na seleção”, adverte a consultora.
Da mesma forma que o candidato precisará demonstrar suas habilidades e pontos positivos durante a resposta, ele poderá ser questionado sobre características que precisa desenvolver.
“Principalmente com os mais jovens, é comum o recrutador perguntar se há algum aspecto que eles consideram que precisam aprimorar. É importante saber o que dizer sem também correr o risco de falar demais”, alerta. Para não fazer propaganda negativa, o ideal é se preparar antes para saber falar de si mesmo.
5. Não fazer a tarefa de casa
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O recrutador pressupõe que o candidato à vaga de emprego tem as condições necessárias para exercer a função e isso significa estar informado sobre a atuação da empresa e o que é esperado dos seus funcionários.
Perguntar o que a empresa faz ou não saber responder questões básicas sobre a companhia demonstra falta de interesse. Para o recrutador, quem não estava interessado em fazer a tarefa de casa, também não terá interesse em trabalhar na empresa.
6. Rir muito ou chorar

A depender da situação ou da personalidade e nervosismo do candidato, é comum que as emoções estejam à flor da pele e o recrutador está preparado para compreender a situação.

Mesmo assim, candidatos que riem fora de hora ou forçam piadas podem soar inadequados. “A entrevista de emprego pede uma seriedade e postura que o candidato precisa ter em mente”, diz a consultora.

Por outro lado, há candidatos que são muito sensíveis e choram durante a entrevista. “Isso acontece geralmente com pessoas que passam por situações difíceis ou são mais intensas. Dentro de um contexto, o recrutador poderá não rotular o candidato”.
O ideal é que o candidato tire alguns momentos para se acalmar antes da entrevista e esteja preparado para perguntas ou situações adversas e, se possível, controlar a postura e manter a seriedade (sem exageros).
[Amanda Luz - Revista Exame]

terça-feira, 28 de junho de 2011

Como escolher um bom nome para a sua empresa.

Enquanto um nome criativo e apropriado pode impressionar consumidores e agradar aos seus clientes, escolher um nome sem originalidade e sem graça para a sua empresa pode transmitir a mensagem errada: falta de entusiasmo com relação ao negócio. No entanto, nunca é tarde para mudar. Algumas das maiores empresas do mercado internacional trocaram de nomes quando uma ideia melhor apareceu.
O nome certo para a sua empresa pode surgir um instante, ou ser o resultado de uma cuidadosa pesquisa de mercado e consultoria com especialistas em marketing. Não existe uma fórmula mágica para isso, mas existem algumas características comuns a todos os nomes de sucesso de empresas líderes em seus mercados. Veja a seguir quais são elas com as dicas da equipe do portal norte-americano para empreendedores Inc.com.
Nome certo

Estas são 5 características comuns a todos os bons nomes de empresas:
1- O nome “gruda”, “pega”

Bons nomes de empresas ficam gravados na memória facilmente. Durante o processo de brainstorming, dedique tempo suficiente (pelo menos uma semana) para avaliar as ideias e decidir. Mesmo depois de criar boas opções de nomes, continue com o brainstorming por mais uma semana. As melhores opções serão aquelas que são lembradas sem a necessidade de olhar a lista novamente. Esses são os nomes que têm maior potencial de “gravação” na memória dos consumidores.
2- Curto é bom

O que nomes como Apple, Nike, Twitter, Pixar ou eBay têm em comum? A resposta é simples: duas sílabas. Estudos mostram que a brevidade é o melhor caminho para a memorização. Por isso, empresas com nomes curtos são lembradas com mais frequência pelos consumidores.
3- Ele é funcional

Para escolher o nome certo, leve em consideração a função específica que a sua empresa deve ter, ou o serviço que pretende prestar. O nome precisa refletir bem essa ideia.
4- Eles contam uma história

Inspiração para o nome certo pode vir a qualquer momento, ou de qualquer pessoa. O dono da Caterpillar, líder mundial na produção de veículos como tratores e guindastes, escolheu seu nome a partir da observação de um colaborador: “Esse trator rasteja como uma lagarta (caterpillar, em inglês).
5-Eles criam uma nova linguagem

Inventar uma palavra não deve ser um último recurso. Ao contrário, deve ser a primeira opção. Combinar duas palavras ou conceitos é pensar fora da caixa e mostrar capacidade criativa. Consumidores gostam disso.
[Débora Carrari - blogdos empreendedores.com.br]

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A transformação virá da informação.

A análise correta da enorme quantidade de dados que é gerada hoje será o motor propulsor de grandes transformações sociais.
Como aproveitar ao máximo os dados que coletamos? Esta é uma das questões mais importantes de nossa época. Há 100 anos, no entanto, esta questão não era considerada tão vital. Todas as informações relacionadas às nossas sociedades, negócios e culturas eram esboçadas e armazenadas em bibliotecas, catálogos e arquivos físicos. A informação era controlada e representava apenas um registro do passado, que não fornecia muitas ideias para o futuro.
Os computadores mudaram isso. As primeiras máquinas de tabulação, desenvolvidas no fim do século XIX, tinham uma tarefa básica: contar. Elas eram especiais porque utilizavam a eletricidade, outra invenção daquele período. Isso permitia a realização de cálculos de forma mais rápida que a realizada por seres humanos. O Bureau de Censo dos Estados Unidos, varejistas e ferrovias foram os primeiros a aproveitar os benefícios da contagem e classificação. Os dados começaram a ter valor. Marcou-se o início da sociedade da informação.
Agora, estamos diante de outra mudança importante. Em vez de seres humanos coletando todas estas informações, estamos prestes a entrar em uma era onde tudo ao nosso redor será configurado para coletar informações. Este gigantesco fluxo de dados promoverá novas formas de pensar sobre o mundo. Redes analíticas inteligentes irão mudar nossas expectativas sobre governos, as empresas com as quais fazemos negócios e as pessoas para quem trabalhamos.
Isso já está acontecendo. Empresas de eletricidade estão instalando medidores inteligentes nos lares, permitindo que os clientes monitorem o uso de energia individualmente, para cada eletrodoméstico, para reduzir suas contas de energia e se tornarem consumidores mais ecológicos. As autoridades hídricas estão utilizando sensores sem fio e sistemas avançados de medição para monitorar a água, desde os reservatórios e rios até os clientes, identificando vazamentos em tubos de transmissão com precisão e monitorando os gastos de água de fazendeiros, consumidores e negócios. As operadoras ferroviárias estão equipando seus trens e trilhos com sensores inteligentes que ajudam a prevenir acidentes, reduzir atrasos e custos de manutenção.
Isso é só uma amostra do que está por vir. Sensores nos ajudarão a entender coisas rotineiras, fornecendo novos conceitos em relação a nossos corpos e cérebros. Eles também estudarão assuntos desconhecidos e nos ajudarão a compreender e gerenciar nossos extensos oceanos e mares. A partir da monitoração seremos capazes de descobrir qual é a melhor tecnologia para gerar energia: solar, hídrica ou eólica. Seremos capazes, também, de economizar energia e reduzir a produção de lixo através de tudo, desde um melhor gerenciamento do trânsito até uma melhor compreensão das ligações entre sistemas complexos, como sistema de saúde, logística e alimentação, que representam a base de nossas vidas.
A mudança iminente não está simplesmente relacionada ao aprimoramento tecnológico. Estes sistemas de redes são necessários. Precisamos destes dados e do conhecimento que eles proporcionam para nos ajudar a reestruturar nossa sociedade, para eliminar a restrição de informações entre indústrias, para promover a colaboração de dados e solução de problemas em escala global.
Os recursos naturais - água, energia e matérias-primas - estão cada vez mais escassos. A população mundial está crescendo vertiginosamente. Nossas cidades estão super povoadas, as estradas e ferrovias estão congestionadas, os espaços abertos e recursos hídricos estão menos abundantes. Precisamos ser mais eficientes e eficazes ou todo este progresso ao qual estamos acostumados e a qualidade de vida que almejamos estarão ameaçados.
Assim como as antigas máquinas de tabulação e a revolução da informática, os sensores serão indispensáveis para nossas economias e comunidades. O poder da informação nos convenceu disso. Décadas de inovações em tecnologias de redes, memórias, processamento e análise definiram a compreensão do mundo sobre dados e, sem dúvida, sobre o raciocínio.
Interconectando nossos sistemas rotineiros ajudará a criar um mundo melhor e mais inteligente. Uma crescente porcentagem de negócios e empresas ao redor do mundo acredita nisso.
[Kátia Vaskys - Diretora de Business Analytics and Optimization da IBM Brasil]

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nova classe média movimenta R$ 273 bilhões na internet por ano.

Fecomercio debate o uso da internet pela classe C e as novas oportunidades desse mercado.

A classe ‘C’ não é exceção, não é um nicho de mercado, é a realidade brasileira. A opinião é do sócio-diretor de A Ponte Estratégia, André Torreta, que, a convite da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). A novidade não está na chegada da Classe C no varejo digital, mas na força com que eles chegaram a esse mercado.
Segundo o presidente do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação da Fecomercio, Renato Opice Blum, “o faturamento do e-commerce já é maior do que a soma de todos os shoppings de São Paulo”, contextualiza Blum com dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (e-PCCV), realizada pela Fecomercio em parceria com a e-Bit.
Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa Data Popular, avalia que “a internet radicalizou o poder de escolha e de comparação de preços e produtos que o controle da inflação concedeu há 15 anos”.
Segundo ele, houve uma democratização da informação e, com ela, do poder de compra. “Há quatro anos, as pessoas se perguntavam se a classe ‘C’ estava na internet. Hoje, é impossível fazer qualquer plano de comércio sem considerar esta classe”.
De acordo com dados do instituto de pesquisa Data Popular, a classe ‘C’ é responsável por 78% do que é comprado em supermercados, 60% das mulheres que vão a salões de beleza, 70% dos cartões de crédito no Brasil e 80% das pessoas que acessam a internet.
“A nova classe média movimenta R$ 273 bilhões na internet por ano somente com seu salário, se considerarmos o crédito disponível à ela, esse montante dobra”, informa Meirelles. Mas a classe ‘C’ não impactou somente o e-commerce. Segundo dados da e-Bit, 50% das vendas realizadas no varejo tradicional são influenciadas por pesquisas de preço, opinião e informações sobre os produtos realizadas na internet.
De volta ao varejo digital, a e-Bit estima que, até o final do ano, o universo de brasileiros que realiza compras pela web deve alcançar 28 milhões de pessoas. “Os produtos mais comprados pela classe média na internet são: eletrodomésticos, informática, livros e telefonia celular”, comenta Pedro Guasti, diretor geral da e-Bit. “Em média, por mês, o gasto médio das famílias com renda de até R$ 3 mil é de R$ 321”, completa.
E como se deu o crescimento da utilização da internet por essa classe? Segundo Meirelles, é preciso entender que, enquanto a classe ‘A’ procura exclusividade, a classe ‘C’ está interessada em inclusão. “O custo de acesso é dividido entre várias pessoas que dividem uma rede via wi-fi”, explica. “Hoje, 50% da internet de banda larga é utilizada por esta classe.”
Já Torreta, de A Ponte Estratégia, avalia que a “digitalização” da nova classe média está se dando via celular, não pelo computador. “Há 230 milhões de linhas de aparelhos móveis no Brasil. Pulamos da pré-história para o smartphone.” Contudo, Torreta acredita que as empresas não estão preparadas para lidar com esse salto. “Todos estão falando de geração ‘Y’, mas isso não existe no Brasil. O pressuposto dessa geração é já ter nascido com o computador e, se muito, 10% da população se encontra nessa situação”, pondera.
Ele ainda avalia que as empresas falham em avaliar as motivações dos internautas. “Não somos o povo que mais acessa as redes sociais porque somos alegres ou calorosos, mas porque somos pobres. A conta de celular no Brasil é muito cara para ficar conversando, então usamos a rede que é mais barata.”
André Erthal, diretor de Service Experience do Instituto Nokia de Tecnologia, reconhece o potencial que o mercado de telefonia móvel tem e conta que já estão sendo desenvolvidos dispositivos para intensificar a experiência do usuário da web via aparelhos celulares, como telas mais flexíveis e que possam ser expandidas ou retraídas, dependendo da ocasião. Quanto ao custo, da telefonia móvel, ele defende que o governo deveria pensar a internet como uma questão social e que o maior determinante para os preços praticados são os impostos.
Mas se a classe ‘C’ e a internet estão revolucionando o consumo, também estão gerando novas oportunidades e estimulando novos empreendedores. Uma das ações que desponta nesse sentido é a Impulso, uma associação que disponibiliza microcrédito a microempreendedores que estão começando seu negócio.
“Seguimos o conceito de crowdfunding. Por meio da rede, juntamos recursos de diversas pessoas que estão dispostas a investir em startups e disponibilizamos esses recursos de forma simples e flexível”, explica a presidente da associação, Lina Maria Jaramillo.
Já a Solidarium Comércio Justo tem firmado parcerias para vender produtos que respeitem os preceitos do varejo sustentável em sites de grandes varejistas, como o Walmart. “É uma forma simples de gerar renda para comunidades e conscientizar o consumidor”, aposta Tiago Dalvi, presidente da Solidarium.
[Portal HSM]

terça-feira, 21 de junho de 2011

Estudo internacional revela diferenças entre homens e mulheres empreendedores.

Levantamento da Fundação Kauffman mostra que empresárias dão mais valor aos mentores, às redes de contatos e ao capital intelectual do negócio.

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Na introdução do livro Single. Women. Entrepreneurs, lançado em março nos Estados Unidos, a autora Erin Albert conta qual foi a sua inspiração. Segundo ela, estudo recente da Fundação Kauffman dá conta de que as mulheres solteiras abrem mais empresas do que os homens solteiros — partindo dessa premissa, ela narra histórias de 30 empreendedoras. A boa notícia é que a pesquisa da Fundação Kauffman vai além dos dados citados pela autora. Mais do que estabelecer o estado civil das empresárias, The Anatomy of an Entrepreneur, de autoria de J. McGrath Cohoon, Vivek Wadhwa e Lesa Mitchell, faz uma análise completa das semelhanças e distinções entre homens e mulheres empreendedores. O levantamento foi feito com 549 empresários de ambos os sexos.
Há mais similaridades do que divergências. Homens e mulheres têm motivações parecidas, atribuem o sucesso às mesmas razões e enfrentam as mesmas dificuldades para conseguir financiamentos. As diferenças, porém, são intrigantes. Quando uma mulher decide abrir uma empresa, o incentivo de outro empreendedor é fundamental. Redes de contatos são essenciais para o sucesso, na opinião delas, que são mais adeptas do networking. Em relação aos desafios, a maior preocupação é a preservação do capital intelectual da empresa. Enquanto isso, os homens sofrem com a pressão da família para manter o emprego tradicional. “Chegamos a conclusões parecidas”, diz Amisha Miller, do Instituto Endeavor, que realizou pesquisa do mesmo tipo, mas com empresários brasileiros. “De maneira geral, homens e mulheres são parecidos. Mas é verdade que as mulheres costumam precisar mais de um mentor, seja o sócio, um familiar ou amigo. Homem não liga muito pra isso. Outra característica importante é que elas valorizam mais a experiência prévia no setor escolhido. Eles acreditam em aprender na prática.”
[Marisa Adán Gil - PEGN]

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Redes sociais influenciam 44% das empresas brasileiras a desclassificar candidatos em processos seletivos, afirma pesquisa.

Informações negativas ou fotos inadequadas no Facebook, Twitter e Orkut podem determinar a avaliação.

As redes sociais passam a exercer um papel decisivo também nos processos seletivos de empresas. É o que afirma a Pesquisa Internacional de Mercado de Trabalho realizada pela empresa de recrutamento Robert Half com 2.525 executivos das áreas de finanças e de recursos humanos de 10 países. Para 44% dos brasileiros entrevistados, aspectos negativos encontrados em redes como Facebook, Twitter e Orkut seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo de seleção. “A principal preocupação dessas empresas é constatar que o perfil nesses meios é muito diferente do que foi descrito no currículo”, afirma Ricardo Bevilacqua, diretor da Robert Half para a América Latina. Apenas 17% afirmam não se deixar influenciar pelas redes sociais, enquanto os 39% restantes dizem que fariam uma entrevista antes de tomar a decisão final.

Os executivos brasileiros também afirmaram que utilizam a rede LinkedIn para verificar a veracidade das referências apresentadas nos currículos dos candidatos a uma vaga de emprego. 46% deles fazem isso sempre, enquanto 43% fazem essa verificação apenas com os candidatos que já foram entrevistados. Mas como discernir que aspectos da rede fazem parte apenas da vida pessoal da pessoa? “ Quem contrata sempre busca aspectos profissionais na hora de descartar o candidato; as questões pessoais são analisadas em outro nível, como, por exemplo, saber se o candidato faz algum tipo de trabalho voluntário, o que com certeza conta como um ponto positivo”, afirma Bevilacqua. “Os temas que mais causam desclassificação são relacionados a sexo e a qualquer tipo de discriminação.”

O que as empresas querem

Para Bevilacqua os processos de recrutamento no Brasil estão se tornando cada vez mais desenvolvidos, aproximando-se de padrões internacionais. “As empresas sabem que precisam ser mais assertivas nesse aspecto, porque os custos relacionados a uma contratação errada são muito altos”, explica.

Segundo a pesquisa, a primeira coisa que a maior parte (36%) das empresas brasileiras analisa em um currículo é a experiência profissional do candidato; 29% delas buscam as qualificações profissionais, que seriam adquiridas em trabalhos anteriores, e 13% conferem primeiro a formação do candidato.

Todas as empresas sabem que, para conseguir vantagem no processo seletivo, alguns concorrentes à vaga costumam exagerar no currículo. Para 48% dos entrevistados, o candidato faz isso nas responsabilidades que teve no seu trabalho anterior ou atual; 46% acreditam que isso ocorre nas habilidades em idiomas; 42% afirmam que eles exageram na hora de explicar os reais motivos para deixar seu trabalho anterior / atual. Nenhuma das empresas entrevistadas afirmou que acredita que os concorrentes não mentem em nenhum dos quesitos listados.
[Rafael Farias Reixeira - Revista PEGN]

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Philip Kotler em Porto Alegre.

Em toda a história da administração somente dois pensadores conseguiram permanecer como a principal referência em suas áreas de conhecimento por mais de quatro décadas: o já falecido Peter Drucker e Philip Kotler.
Maior autoridade mundial em marketing, Philip Kotler volta ao Brasil, a Porto Alegre, para conduzir empresários e executivos durante uma tarde repleta de reflexões sobre o novo papel, oportunidades e desafios do marketing no século 21.

Uma rara oportunidade de estar frente a frente com um dos inspiradores do marketing mundial.


Seminário HSM – Philip Kotler
Data: 26 de setembro de 2011 Local: Teatro do Bourbon Country Av Túlio de Rose, 80 - 2º Piso – CEP 91340-110 Shopping do Bourbon Country Porto Alegre - RS Das 14h às 18h30

O passe inclui:
- Material de Apoio

- Certificado de participação
- Tradução Simultânea: Inglês/Português/Inglês
- Estacionamento

Inscrições:
Telefone: (11) 4689-6666
Mais informações: eventos@hsm.com.br

[HSM - Eventos]

terça-feira, 14 de junho de 2011

Texto original da mensagem de Silvino Geremia, publicado na revista Exame.

Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam este país: investir em educação é contra a lei. Vocês não acreditam? Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa. Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá. Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano um fiscal do INSS visitou a empresa e entendeu que educação é salário indireto. Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS. Tenho que pagar 26 000 reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários? Eu acho que não. Por isso recorri à Justiça. Não é pelo valor, é porque acho essa tributação um atentado. Estou revoltado. Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1 000 vezes.
O Estado brasileiro está falido. Mais da metade das crianças que iniciam a 1a série não conclui o ciclo básico. A Constituição diz que educação é direito do cidadão e dever do Estado. E quem é o Estado? Somos todos nós. Se a União não tem recursos e eu tenho, eu acho que devo pagar a escola dos meus funcionários. Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado. Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz. Se a moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar.
Não temos mais tempo a perder. As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas. A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos. Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz. Vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum.
Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo. Completei o 1o grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica. Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo. Eu precisava fazer minha empresa crescer. Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar. Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo. A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais. Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe. Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça. Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer. E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade. O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na Geremia. No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz. Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados. Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado duas Mercedes. Teria mandado dinheiro para fora do país e não estaria me incomodando com leis absurdas. Mas não consigo fazer isso. Sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta. Quem vai fazer no seu lugar? Até agora, tem sido a iniciativa privada. Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado. As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais. Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários. Não é o meu objetivo. Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso: as pessoas. Eu sou mesmo teimoso.
[Contribuição de Patrícia Thiys]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Parcerias entre marcas agregam valor a produtos.

As marcas investem cada vez mais em parcerias que ajudam sua estratégia de Marketing. O objetivo é dar à empresa uma visibilidade que ainda não tinha, atingindo públicos diferentes. Essa união agrega valor aos produtos, tornando-os mais atraentes para o consumidor. Entre as empresas que investem neste tipo de ação estão Kopenhagen, Havana e Ambev, que se associam a outras marcas para ampliar o número de consumidores que são impactados por suas iniciativas.
O planejamento de uma parceria leva em consideração fatores de mercado para que a estratégia seja elaborada. O momento das marcas e como são vistas pelo consumidor influenciam diretamente nesta etapa. O estudo é realizado com base nas necessidades da empresa e traça as oportunidades para que chegue ao seu objetivo. Depois, é hora de procurar uma marca parceria.
A união também representa uma economia para as marcas. Com as parcerias, é possível atingir novos consumidores sem gastar muito. Além disso, investir nesta atividade é mais rápido do que passar por todo o processo feito para impactar um cliente diferente. “Uma marca aproveita o que a outra tem de melhor para vender o seu produto”, conta Tatiana Oliva, Sócia-Diretora da agência Cross Networking, em entrevista ao Mundo do Marketing, especialista em promover parcerias.
Consumidor procura diferencial

Uma empresa que foca neste tipo de ação é a Giuliana Flores, que vende kits compostos por arranjos de flores e presentes. Entre os parceiros da loja virtual estão marcas como Kopenhagen, Amor aos Pedaços e Havana. “Nós sabemos que o público da loja online é mais exigente do que o da loja física, que está limitado a um determinado espaço. No site, o consumidor busca produtos agregados e a flor entra como um arremate final”, explica Juliano Souza, Gerente de Marketing da Giuliana Flores, em entrevista ao portal.
A plataforma conta com uma média de 10 mil acessos ao dia, tornando-se uma vitrine interessante também para as demais empresas. Os clientes podem ainda dizer o que mais buscam para incrementar os kits que compram. Ao fim de uma compra, o internauta é convidado a sugerir algo que não tenha encontrado. “A partir dessa ferramenta, direcionamos nossos trabalhos para determinada demanda”, diz o executivo.
A empresa está sempre em busca de novas parcerias para incrementar cada vez mais seus produtos. Entre os processos em andamento está a união com marcas de cosméticos e bebidas. Este tipo de ação visa agregar valor aos kits, que representam 70% das vendas da Giuliana Flores. “Vender somente a flor é mais vantajoso financeiramente, mas o cliente procura por este diferencial”, ressalta o Gerente de Marketing.
[Juliana Castro - Mundodomarketing]

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Empresários debatem marketing.

Cerca de 800 pessoas participaram da 20ª edição do Congresso de Marketing da ADVB, realizado na tarde da última segunda-feira (6), no teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.
Em comum, os três chamaram a atenção do mercado para a inclusão de todas as esferas organizacionais dentro das estratégias de marketing em uma marca.
Cerca de 800 pessoas participaram da 20ª edição do Congresso de Marketing da ADVB, realizado na tarde desta segunda-feira, no teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.
Entre os empresários e palestrantes, estiveram o presidente do Conselho de Administração da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter (foto), o presidente da Vonpar Refrescos, Ricardo Vontobel e o presidente do grupo RBS, Nelson Sirotsky.
Em comum, os três chamaram a atenção do mercado para a inclusão de todas as esferas organizacionais dentro das estratégias de marketing em uma marca.

[Jornal do Comécio - Economia]

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quando a oferta é maior que a demanda.

Economista e Diretor de Marketing da Rede Plaza de Hotéis

A Economia de Mercado sempre apresenta uma série de desafios para os empreendedores e empresários. De um lado, os consumidores que querem o melhor aqui e agora. São eles que determinam os sucessos e os fracassos das ações ou emissões das organizações com ou sem fins lucrativos. Para atendê-los são necessários estudos, pesquisas e respeitos às suas necessidades e desejos.
O marketing existe quando alguém decide satisfazer as suas necessidades e desejos por trocas.
Convém salientar que a troca é uma das quatro alternativas de que o homem dispõe para obter um bem e/ou um serviço; capaz de satisfazer a uma necessidade específica.
A primeira grande opção é a autoprodução, utilizando seus próprios esforços para caçar, pescar, colher frutas. Não precisa de apoio de outro ser humano. É obvio que neste caso não há mercado e nem marketing.
A segunda opção é a coerção. Um homem para não morrer de fome pode arrancar pela força a comida de outra pessoa furtando-a ou roubando-a. O máximo em benefício é não maltratar a vítima.
A terceira opção é a súplica. Um homem faminto pode implorar por comida. Apenas oferece sua gratidão como troca pelo gesto de caridade.
A quarta opção é a troca. Um homem faminto pode aproximar-se de alguém que tenha comida e oferece algo com instrumento de troca (dinheiro, outro bem ou serviço de valor aceitável).
O marketing existe com a quarta opção exigindo as seguintes condições: 1º) Existem duas pessoas; 2º) Cada pessoa tem algo que pode ter valor para a outra; 3º) Cada parte é capaz de se comunicar e de fazer a entrega; 4º) Cada parte é livre para aceitar ou rejeitar a oferta.
São estas as condições para que existam trocas, conforme entendimentos dos envolvidos. O conceito de troca determina a criação e o conceito de mercado. As relações entre as ofertas e demandas determinam os preços dos bens e/ou serviços.
Para que o marketing possa cumprir sua função é necessário entender o mercado em que se quer atuar. Exige percepções, pesquisas, estudos, entre outras ações para realizações de trocas nem sempre envolvendo necessariamente dinheiro.
Na realidade, o marketing pode e deveria ser estudado pelas organizações com ou sem fins lucrativos. Infelizmente, algumas pessoas confundem o marketing com anúncios publicitários e propagandas (partes integrantes das estratégias do marketing no “P” de promoção), prejudicando o desenvolvimento de muitas organizações.
No século XXI, no Brasil, grandes mudanças estão acontecendo com uma velocidade nunca vista. Existe uma oferta muito grande de bens e/ou serviços superando a demanda. O consumidor já percebe o seu poder e muitas organizações ainda não conseguiram identificar novas necessidades e desejos daquele que é soberano da Economia de Mercado.
Pode-se identificar, entre outras, a grande importância do Ponto de Distribuição, seja ele virtual (Comércio Eletrônico) ou físico (Pontos de Venda) com maior proximidade com o cliente ou potencial cliente: apresentando bons produtos; atendendo na hora certa; com a quantidade certa; com o preço certo.
É tema para profissional. Um desafio para as organizações.
Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
[Jornal A Razão - Santa Maria]

terça-feira, 7 de junho de 2011

Visite a ABF Franchising Expo e escolha a melhor franquia.

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) promove de 8 a 11 de junho a 20ª ABF Franschising Expo 2011, em São Paulo. Mais uma vez, o evento traz centenas de expositores de diversos segmento do mercado de franquias para expor suas oportunidades de negócios e tirar dúvidas dos candidatos a franqueados sobre como funciona o sistema de franquias e quais as particularidades de cada setor. A ABF Franchising Expo é a maior feira de franquias da América Latina.
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O momento é promissor para se investir no mercado de franquias. Em 2010, o setor cresceu 12,9%, com um aumento de 8% no número de estabelecimentos. Para 2011, o setor espera um crescimento de 15%. Para Ricardo Camargo, presidente da ABF, “a feira é um dos motores da expansão do setor, pois é um momento em que se consolidam as marcas e aumenta a adesão de novos investidores”.
A feira conta com a participação de redes internacionais em busca de investidores brasileiros, e deve movimentar R$ 130 milhões este ano. Serão mais de 400 expositores e 45 mil visitantes na 20ª edição de feira. O evento será maior este ano, ocupando 30 mil metros quadrados do Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, na capital paulista. Alguns expositores estarão na feira pela primeira vez, entre eles: Aloha, Body Concept, Cantão, Espaço Árabe, Influx Franchising, Montana Grill, Mr. Mix, Stroke, Odontoclinic, Trópico Surf, Teknisa, UncleK, Yoguland, entre outras.
As microfranquias, que foram sucesso no ano passado entre os investidores em busca de negócios com investimento de até R$ 50 mil, estão de volta. Entre as opções de baixo investimento estão Dr. Resolve, Tutores, Kumon, Emagrecentro, Century 21, Dr. Jardim, Home Angels, Dr. Faz Tudo e Amigo Computador.
Para mais informações, visite o portal do evento e confira também a programação de palestras e as principais novidades das redes expositoras.
Tome nota

O que: ABF Franchising Expo
Onde: Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho (Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo – SP) Quando: De 8 a 11 de junho, das 13h às 21h (no sábado, das 12h às 18h) Preço: R$ 40
Mais informações: www.abfexpo.com.br
[Carlos Dias - Blogempreendedores]

sexta-feira, 3 de junho de 2011

"Acredito no líder educador".

À frente da Fundação Odebrecht, o empresário Norberto Odebrecht, 90 anos, diz que é tarefa indelegável do gestor dar tempo, presença, experiência e exemplo ao liderado.
O engenheiro Norberto Odebrecht é bisneto de um luterano alemão que desembarcou no Brasil em 1856. Pernambucano radicado na Bahia, aos 21 anos assumiu a construtora paterna e a transformou em um conglomerado que chega à quarta geração como o 12º maior grupo brasileiro, segundo o anuário do jornal Valor Econômico, com 120 mil funcionários e receita de R$ 38 bilhões (em 2009). É autor de uma obra de gestão com 1,2 mil páginas.

- Desde cedo, percebi a diferença entre a formação que recebia em casa e aquela de vários colegas, pertencentes a famílias tradicionais da Bahia. Eles achavam que tinham vindo ao mundo para serem servidos e não para servir. Quando colaboro com um projeto social, estou simplesmente praticando o espírito de servir que aprendi muito cedo.
- O amor à natureza e a habilidade de percebê-la em todos os lugares me foram transmitidos por meus pais e meu preceptor. Isso me ensinou a buscar sempre na mãe natureza os fundamentos orientadores de todas as minhas decisões.
- A habitual disciplina me motiva a chegar cedo (6h45) na fundação e, no horário de almoço (12h30), faço minha dieta em casa, retornando às 14h30. Retiro-me às 17 horas para minhas “compulsórias” aulas de ginástica quatro vezes por semana. Fora dessa rotina, de três a quatro vezes ao mês viajo ao Baixo Sul da Bahia, onde a Fundação Odebrecht apoia projetos sociais e ambientais. Às vezes, vou para acompanhar visitantes interessados em conhecer nosso programa naquela região, às vezes para reuniões educacionais.
- Nosso desafio é tornar próspera e dinâmica uma área rural estagnada, com grande patrimônio ambiental, fixando os jovens de talento no campo a fim de evitar a migração desnecessária para as capitais. Na busca da reversão desse quadro, não adiantava levar apenas educação de qualidade. Era necessário conservar a Mata Atlântica. Também era necessário oferecer oportunidades de trabalho digno e distribuição de renda justa, fortalecendo as redes sociais locais.
- Acredito no líder educador. Ele tem o dever de transmitir conhecimento às sucessivas gerações de empresários e executivos para que sejam capazes de assumir novos cargos e responsabilidades. É o que chamamos de delegação planejada. É tarefa indelegável do líder dar tempo, presença, experiência e exemplo. O liderado precisa ser apoiado pelo líder.
- Aplico a delegação planejada, pois toda delegação é sinônimo de confiança recíproca. Porém, ela só tem sentido quando planejada pela via do diálogo constante, da negociação e do acordo, uma vez que é necessário que líderes e liderados confiem, na medida certa, um no outro, ao mesmo tempo.
- O que justifica a função social do empresário é sua capacidade de coordenar e integrar a produção de riquezas, na medida em que transforma, continuamente, sua iniciativa e criatividade, e a dos integrantes de sua equipe, em inovações (mudanças), e estas em resultados sempre melhores e maiores para todos e para o todo.
- Entendo que não basta doar recursos financeiros. É preciso transmitir conhecimento aos beneficiários. Do contrário, corre-se o risco de tornar o projeto um modelo assistencialista e que não promove o crescimento sustentável dos seres humanos.
[Karla Spotorno - Época Negócios]

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Trate a carreira como um negócio.

Ouvi recentemente de um empresário catarinense que não vivemos apenas uma "época de mudanças", mas sim uma "mudança de época". Isso exige uma nova forma de pensar sobre a vida e o trabalho.
A carreira tradicional acabou. Não fique esperando que a empresa onde trabalha planeje a sua. Quer fazer de sua carreira um sucesso? Trate-a como um negócio, ao invés de uma sucessão de cargos que pretende acumular ao longo da sua vida útil.
Você provavelmente sabe muito bem cuidar dos projetos da empresa onde trabalha. Seja pelo menos tão bom ao gerenciar o seu projeto de vida e carreira. Você já deve ter preparado algum tipo de business plan para um novo produto, um negócio ou um mercado que sua empresa está analisando.

Ou já deve ter assistido a apresentação de algum desses planos preparado por um colega. Se ainda não o é, você deve estar almejando um dia ser o presidente da empresa. Ou sonhando que um headhunter o recrute para ser o diretor-executivo de uma unidade de negócios ou até mesmo de outra empresa.

Mas, lembre-se, você já é o presidente da sua vida, o empreendimento mais importante que pode imaginar. Chegou a hora de preparar o business plan mais importante de todos o negócios com os quais já se envolveu até hoje: o da sua carreira.
Mas, como fazer?

O primeiro passo é mudar sua forma de pensar. Pense como um empreendedor, saia da zona de conforto que você construiu para si nos últimos anos. A década na qual vivemos hoje será lembrada no futuro como o início de uma revolução imperceptível, o momento em que um grande número de pessoas reassumiu as rédeas de seu destino, que havia sido de certa forma delegado à empresa, ao governo, à Igreja e a outras instituições.
No passado nos acomodamos com a tentativa das empresas de traçar os planos de carreira de seus funcionários. Mas isso não é mais possível, esse mundo acabou. O ritmo alucinante de mudanças no qual vivemos impede as empresas de fazerem planos de carreira de longo prazo. Uma simples razão: será que algumas dessas carreiras na ladeira organizacional ainda existirão daqui a 10 anos?
Se você tem tido sucesso e se acostumou a pensar e a fazer as coisas de uma forma nos últimos anos, saiba que o sucesso do passado não garante seu futuro. E que o maior inimigo do sucesso é o próprio sucesso que acaba fazendo-nos acomodar.
Não acredite que "devagar, e sempre, a gente chega lá". Hoje em dia, devagar não se chega a lugar algum e quem espera nunca alcança. Ou pode chegar tarde demais quando as oportunidades viraram a realidade de quem chegou mais rápido que você.
Outra forma de pensar que pode ajudar muito seu posicionamento estratégico no mercado de trabalho: as opções que você tem não se limitam aos competidores da empresa onde trabalha.
Muita gente quando pensa no mercado de trabalho se limita a pensar apenas na concorrência. Amplie seus horizontes. Pense em toda a cadeia do negócio. As oportunidades podem estar nos distribuidores dos produtos de sua empresa; ou em algum fornecedor estratégico, em algum parceiro. Ou pense em montar sua própria empresa para prestar serviços para o atual empregador.
Você já pensou onde quer chegar daqui a três anos? Sim, isso mesmo, você já tem visualizado o futuro que gostaria de inventar? Identifique onde você quer chegar com clareza pois fica difícil definir uma estratégia quando não temos clara a métrica do nosso sucesso.
E curiosamente a maioria das pessoas gasta a maior parte do seu tempo pensando no passado, de onde veio, as dificuldades que enfrentou, se vangloriando dos acertos que teve.
Outra grande parte do tempo também é usada em justificar onde está, o seu presente, os desafios que vive, as metas a alcançar até o final do ano. E acaba dedicando pouquíssimo tempo a pensar onde deseja chegar, a inventar seu futuro, a sonhar de olhos abertos com os pés no chão. Perceba que o importante não é de onde você veio, nem onde está, mas onde você quer chegar!

Vamos lá, mexa-se! Prepare um plano para sua carreira e trate-a como um negócio. Pense como um empreendedor. Evite se colocar como um empregado que pensa na seqüência de cargos que pretende acumular ao longo do tempo.
[César Souza - Presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos - Portal HSM]