sexta-feira, 9 de março de 2012

O Orgulho de estar mais uma vez em 1º lugar na preferência e na lembrança dos gaúchos.

"Trabalhar intensamente e ver os resultados positivos desse esforço é o que mais queremos. Nós da Rede Plaza de Hotéis, podemos comemorar, mais uma vez, a alegria de estar no topo da pirâmide, nas marcas mais lembradas e preferidas dos gaúchos, despontamos, novamente, como a nº 1".
Na categoria HOTÉIS, a Rede Plaza de Hotéis de Porto Alegre foi, pela 14ª vez consecutiva a marca mais lembrada e preferida dos gaúchos.
Na busca de constante atualização para acompanhar o dinamismo do mercado, a pesquisa Marcas de Quem Decide, projeto do Jornal do Comércio, chegou a sua 14ª edição com novos setores sugeridos por lideranças empresariais e leitores.
O evento que certificou os vencedores aconteceu em cerimônia no Centro de Eventos do Plaza São Rafael Hotel, reunindo grandes empresas e importantes nomes do empresariado do Rio Grande do Sul.
A pesquisa realizada pela Qualidata Pesquisas e Conhecimento Estratégico, não se limita a descobrir apenas a posição da marca na memória do consumidor, mostrando também o desempenho no momento da compra/uso do serviço. Trata-se da única aferição simultânea de lembrança e preferência do Brasil, a partir de entrevistas com empresários, executivos e profissionais liberais, que indicam a ordem das cinco principais marcas de 100 setores.
A Qualidata Informações Estratégicas entrevistou 529 empresários e empreendedores nos 47 principais municípios do Rio Grande do Sul, de 1 a 29 de dezembro de 2011. Essa é a maior amostragem já feita pelo Marcas.
Para responder à pesquisa tem de ser dono ou sócio, executivo em cargo de direção ou profissional liberal.
No final, os donos de empresas representam 65% dos entrevistados.
Recebeu a premiação, o Diretor de Marketing, Abdon Barretto Filho que foi muito cumprimentado pelos presentes no evento.
[Plaza on-line]

domingo, 4 de março de 2012

Shopper Marketing já é parte da estratégia de grandes marcas no Brasil.

Empresas como Coca-Cola, Whirlpool, Lego e P&G colocam em prática ações de Marketing baseadas no comportamento do consumidor no ponto de venda para aumentar as vendas.

O Shopper Marketing deixou o plano conceitual e já é uma realidade na estratégia de grandes empresas no Brasil. Marcas como Coca-Cola, P&G e Lego compreenderam como usar o método para transformar insights sobre o comportamento de compra do consumidor em elementos para conquistar segundos importantes da atenção do shopper nos pontos de venda. A mensuração dos resultados, no entanto, continua sendo um desafio para as companhias que empregam estas técnicas no seu planejamento.
O conceito chegou ao Brasil por volta de 2007, mas muitas empresas ainda não desenvolveram departamentos específicos para trabalhar com o assunto. A Coca-Cola foi uma das marcas pioneiras ao criar uma área específica voltada para o Shopper Marketing. A companhia já utilizava os insights de pesquisas sobre os consumidores anteriormente, direcionando o foco da estratégia para canais específicos, como lanchonetes, bares e supermercados.

Com a criação do departamento de Shopper Marketing, em 2007, a empresa passou a olhar não apenas o local onde o produto era comprado, mas também o momento no qual ele era adquirido e para qual ocasião de consumo estava destinado. A partir desta compreensão, a Coca-Cola criou materiais de comunicação para os pontos de venda levando em conta a situação e o tipo de shopper que está adquirindo o produto.

Comunicação certeira no ponto de venda
Um dos exemplos são as peças criadas para lanchonetes, que sugerem uma garrafa de Coca-Cola para consumo individual ou uma lata da bebida junto a um salgado, em um combo a preço promocional. A medida pretende influenciar a decisão de compra do consumidor, ao proporcionar a refeição com desconto.

Outro exemplo de aplicação do conceito por parte da Coca-Cola são os materiais criados para o consumo em ocasiões como reuniões familiares. “Segundo dados internos, verificamos que na categoria refrigerantes da empresa, as mães ainda são as maiores responsáveeis por esse tipo de compra. No momento em que vão aos supermercados adquirir o produto, é preciso desenvolver uma comunicação que dialogue com essas mulheres, ressaltando valores positivos para as compradoras”, explica Marcelo Barreto, Diretor de Shopper Marketing da Coca-Cola Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A análise do comportamento de compra nos pontos de venda também é parte da estratégia da Lego. Um dos maiores desafios da marca é apresentar o seu portfólio extenso aos consumidores e, para auxiliar nesta tarefa, a empresa conta com a ajuda de promotores de venda. “Atendentes bem treinados e informados podem aumentar a chance de compra em até duas vezes”, afirma Robério Esteves, Diretor de Operações da M.Cassab, responsável pela operação da Lego no Brasil, em entrevista ao portal.
Lojas mais funcionais
A organização das lojas é outra arma da Lego para converter as vendas. Nas Lego Store e lojas que revendem os brinquedos da marca, os produtos são alocados nas prateleiras de acordo com a faixa etária e o tema. Itens com preços mais baixos e valor agregado menor são postos ao alcance de crianças menores, para que tenham acesso aos brinquedos, estimulando os pais a adquiri-los. Já os produtos com preços mais caros são colocados na altura da visão dos pais, pois dependem de uma decisão de compra mais demorada.
A sinalização é outro elemento importante para capturar a atenção do consumidor e fazê-lo entrar nas lojas. “As vitrines apresentando os lançamentos são uma das formas de criar um encanto inicial para motivar a jornada de compra. Após este momento, os consumidores recebem catálogos para conhecer as novidades da marca e ter acesso a mais informações sobre os produtos”, conta o Diretor de Operaçõed da M. Cassab.
As empresas varejistas também compreenderam o papel do Shopper Marketing para aumentar as suas vendas. “Companhias como Pão de Açúcar e Walmart realizaram investimentos em design nos pontos de venda para tornar a jornada de compra mais lógica, facilitando as escolhas dos shoppers”, diz Rafael D’Andrea, Sócio-Diretor da Toolbox e um dos autores do livro “Shopper Marketing - A nova estratégia integrada de Marketing para a conquista do cliente no ponto de venda”, em entrevista ao portal.
Criação de espaços próprios

Outra empresa pioneira ao empregar técnicas de Shopper Marketing é a P&G. Um dos cases da companhia é a criação do Centro de Cuidado do Bebê. O espaço tem um design próprio e foi pensado para oferecer soluções para as mães, tanto as experientes, como as de primeira viagem, em um local reservado nas redes de varejo.
A área conta com um sortimento de produtos desenvolvidos especificamente para as necessidades das consumidoras, de acordo com momentos como hora do banho, troca de fralda e higienização, além de oferecer folhetos informativos sobre cuidados com crianças. A instalação do Centro de Cuidado do Bebê é feita junto ao espaço onde as fraldas estão disponíveis, para que a compra seja complementar. Dessa forma, tanto o varejo quanto a fabricante são beneficiados pela geração de fluxo e pelo ganho de rentabilidade para ambos os lados. A criação de uma área própria dentro de redes de varejo é utilizada também pela Whirlpool para influenciar na decisão de compra. A companhia, detentora das marcas Consul e Brastemp, fechou um acordo com os revendedores e montou verdadeiras cozinhas nos pontos de venda. O planejamento da estratégia foi iniciado em 2009, a partir de pesquisa sobre o comportamento dos consumidores, e em 2010 foram selecionados os parceiros para colocar o plano em prática. “Partindo do princípio de que a maior parte das decisões de compra é tomada nas lojas, resolvemos replicar as cozinhas dentro do varejo para que o consumidor pudesse visualizar como o eletrodoméstico ficaria em sua casa. E, para complementar, criamos adesivos (foto, ao lado) que simulam produtos para que os clientes imaginem o acondicionamento dos alimentos dentro dos refrigeradores ou fogões”, explica Vitor Bertoncini, Gerente Geral de Trade Marketing da Whirpool, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Conceito em desenvolvimento

As companhias já colhem frutos com a implementação do conceito, mas desafio tem sido identificar qual a participação do Shopper Marketing nos resultados. “Até chegar ao ponto de venda e efetuar a compra, o consumidor já foi impactado por campanhas de mídia offline e online e outras ações de Marketing desenvolvidas pelas empresas, fica difícil determinar o quanto o Shopper Marketing pode ter colaborado no desempenho das vendas”, acredita o Diretor de Shopper Marketing da Coca-Cola.

Apesar do Shopper Marketing ter se tornado uma realidade no Brasil, a ferramenta ainda precisa evoluir. “Até mesmo fora do país o conceito ainda está se desenvolvendo e são poucas as empresas que souberam transformar os insights do comportamento de compra do consumidor em ações práticas que colaborem para influenciar e aumentar as vendas”, diz ao portal Maurício de Almeida Prado, Sócio-Diretor da Agência Plano 1, agência focada em Trade Marketing, que também oferecer serviços de Shopper Marketing para empresas.
Além do conhecimento profundo sobre o perfil do shopper para por em prática uma estratégia que contribua para o aumento das vendas é necessário uma relação forte e confiável com o varejo e parceiros especializados para a implementação do planejamento. “No Brasil, este é ainda um dos pontos que impedem a evolução do conceito e são poucas as agências e empresas especializadas em oferecer este tipo de serviço”, afirma o Gerente Geral de Trade Marketing da Whirlpool.

[Cláudio Martins, do Mundo do Marketing - claudio@mundodomarketing.com.br]

sexta-feira, 2 de março de 2012

A benção e a maldição de ser inovador.

Buscar a inovação requer muitas vezes nadar contra a maré, enxergar o que a grande maioria não consegue enxergar, ir além do que a verdade do momento nos diz e, no final, caso você supere esses obstáculos, colher os resultados do seu empreendimento.
Dentro de uma empresa, isso significa enfrentar a resistência a mudança de pessoas que se preocupam mais em preservar seu domínio devido à ameaça de perder poder ou influência. Toda essa resistência gera frustração, desperdício de recursos, perda de oportunidades e a repressão do espírito humano.
Tem um trecho do livro “Intraempreendedorismo na prática”(Pincht, Gifford) que gosto muito que diz: “Aprender a inovar de forma mais eficaz é como aprender a perder peso. As regras básicas são simples e funcionam, mas é difícil segui-las. Nos dois casos, é essencial ter disciplina, compromisso e coragem.”
O objetivo desse post é abordar algumas características que devemos desenvolver se quisermos sermos mais inovadores e quais reações isso pode causar nas pessoas que não compreendem perfeitamente um processo inovador.
Sem criatividade não se tem inovação, sem curiosidade não se tem criatividade. Pessoas inovadoras são muito criativas e de muita imaginação. São especialmente abertas a novas ideias e novas maneiras de pensar sobre antigos problemas. Adoram abordar uma ideia convencional ou uma maneira tradicional de fazer as coisas virando-a para o outro lado e explorando-a de uma nova perspectiva. Concentram a imaginação em visualizar ideias, eventos ou problemas de formas completamente originais. Aprendem com as experiências pessoais e interpessoais, além de aprender nas salas de aula e nos livros. Sentem necessidade de novas informações e as vira a revira com vívida imaginação.
O problema é que nem todos vão ficar felizes com sua mente aventureira. Muitas pessoas estão satisfeitas com as ideias que servem bem a elas e à sua cultura, e com a visão a que se acostumaram sobre o que é ou não verdade. Elas não se animam com a perspectiva de sair de sua zona de conforto. Outras têm medo de novas maneiras de pensar e de formas criativas de resolver problemas porque são um pouco frágeis, porque têm problemas em manter a serenidade em seu mundo atual e não querem que alguém, como você, por exemplo, expanda as fronteiras de seu cosmo intelectual e cultural. Assim, não se surpreenda se as suas ideias pouco convencionais, às vezes, forem causa de críticas a você, ou mesmo se as pessoas fugirem da exploração de novos territórios da mente que você acha tão estimulantes.
O lado bom de tudo isso é que muitas pessoas acham os seus pensamentos progressistas e a sua vívida imaginação muito atraentes. Outras almas criativas encontrarão em você uma companhia na jornada para o desconhecido e ficarão felizes com o companheirismo. As conversas com elas serão animadas e inovadoras e acenderão a imaginação, tanto a sua quanto a delas. Mesmo as pessoas menos curiosas que você ficarão impressionadas com a sua coragem de pensar e acreditar no que para elas é inimaginável e com a sua disposição de embarcar em aventuras da mente que elas achariam perigosas ou amedrontadoras. Para essas pessoas, você pode se tornar um mentor sobre o lado mais louco do pensamento e da crença, empurrando-as em direção às ideias criativasque você acha tão interessantes.
Lidar com inovação requer saber lidar com a incerteza, mas, mesmo lidando com a incerteza, precisamos de um planejamento. Você deve estar afirmando: “Claro, afinal de contas, planejamos para diminuir a incerteza”. Sua afirmação está correta, mas, no caso de inovação, eu diria que planejamos para saber lidar com a incerteza. É preciso ter em mente que os melhores empreendedores são como jogadores do meio-campo: eles mudam o plano rapidamente quando surgem novas informações.
Grandes empreendedores não são escravos de seus planos e isso é importante. São comprometidos com seus planos, mas não ficam acorrentados a eles. A conexão é mais casual e informal. Sabem que algumas vezes “o melhor plano” foge do trilho e, quando isso acontece, você limpa o descarrilhamento e começa novamente, sem impedimentos.
Embora não aconteça frequentemente, quando os planos mudam, os grandes empreendedores ficam confortáveis. Algumas vezes, eles mudam os planos. É como se você tivesse planejado organizar seu escritório de casa no sábado e quando chega esse sábado, está um clima muito bonito lá fora para terminar de organizar o seu escritório, então vamos ao clube. No próximo sábado chuvoso, você provavelmente estará de volta ao escritório, mas dessa vez o trabalho pode esperar.
A idéia é ser organizado, mas casual; sólido, mas condescendente; confiável, mas informal. É ter um pouco de espírito livre e quando esse espírito o move, você sai, seguindo o impulso do momento.
O problema é que algumas pessoas vivem como militares, orientados ao dever, disciplinados e motivados. Para essas pessoas, você pode parecer descomprometido.
Para muitas dessas pessoas, os momentos de observação e reflexão não são momentos dedicados ao trabalho. Elas são lineares demais para compreender que um momento de respiração mais profunda pode levar a vários momentos de inspiração no futuro.
Ocorre que a inovação nunca ocorre conforme o planejado. Ao investir em inovação, procure apostar em equipes formadas por pessoas que possam fazer correções diante de imprevistos.
Resumindo, persistência e coragem são fundamentais como atitudes de uma pessoa inovadora. Uma pessoa inovadora deve ter em mente que muitas vezes ela e seus métodos serão questionados a todo instante, pois são atitudes e métodos que fogem do convencional. Como diz a canção, é preciso saber viver, ou, no caso, é preciso saber conviver. É preciso compreender que ter pessoas com mentalidade inovadora faz muito bem para as empresas, mas, geralmente, não faz bem para a própria pessoa, tão grande é a quantidade e o volume de obstáculos a serem vencidos.
[www.hsm.com.br/Marcelão]