
Recentemente, recebi um texto de autor desconhecido que bem representa observações sobre assuntos que não se tem conhecimento. É uma alerta para alguma pessoa que, por ignorância sobre um tema, acredita estar contribuindo para resolver um problema e emite opinião indevida, como o personagem da narrativa a seguir:
Um empreendedor ganhou um convite para assistir o “Concerto da Sinfonia Inacabada de Schubert” (O Franz Peter Schubert, foi um dos grandes compositores clássicos – 31/01/ 1797 a 19/11/1828). Como estaria impossibilitado de comparecer, o empreendedor passou o convite para o Gerente da sua organização por acreditar que ele estaria preparado para ouvir e valorizar apresentações artísticas e culturais. Na manhã seguinte, o empreendedor perguntou se ele tinha gostado do espetáculo e, ao invés de comentários, recebeu posteriormente a seguinte mensagem eletrônica: 1ª) Por um bom período considerável de tempo, alguns músicos não tinham nada a fazer. A orquestra deveria ser reduzida e o trabalho redistribuído pelos músicos, evitando-se picos de inatividade; 2ª)Todos doze violinos tocavam notas idênticas. Isso parece ser uma duplicidade desnecessária de esforços e o contingente dessa seção deveria ser drasticamente cortado. Se um alto volume de som é requerido, isso poderia ser obtido através do uso de um amplificador; 3ª) Muito esforço foi envolvido em tocar semitons. Isso parece ser um preciosismo desnecessário e seria recomendável que todas notas fossem arredondadas para o tom mais próximo, preferencialmente abaixo. Se isso fosse realizado, poder-se-ia utilizar estagiários em vez de profissionais; 4ª) Não havia utilidade prática em repetir com os metais a mesma passagem já tocada pelos instrumentos de cordas. Se toda essa redundância fosse eliminada, o Concerto poderia ser reduzido de duas horas para apenas 20 minutos; 5ª) Sumarizando as observações anteriores, pode-se concluir que se o famoso compositor Schubert tivesse dado mais atenção a esses pontos tivesse tempo de acabar sua sinfonia.
Em primeira instância, salvo melhor juízo, as experiências com novas informações diferentes daquelas comuns ao seu ambiente social e profissional podem gerar equívocos nas análises. Para alguns, são óbvias. Para outros, são incompreensíveis. É óbvio que a informação, a educação, a cultura, o convívio social, permitem novas percepções sobre as diferenças nas artes, nas ciências, nas políticas, nas economias e o papel de cada um numa “aldeia global” repleta de concertos e consertos não terminados. Será ? Respeitam-se todas opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
[Postado por Nelson Perez]
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