quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Estudo mostra que 55% das empresas brasileiras controlam mídias sociais no trabalho.

Brasil tem os empregadores mais desconfiados do mundo; principal motivo alegado é evitar perda de produtividade.

Se você vir seu funcionário em uma rede social, vai achar que ele está perdendo tempo, que isso pode colaborar para o trabalho ou que você não tem nada a ver com isso? Bom, a primeira opção parece ser a resposta para a maioria dos empregadores brasileiros, porque 55% das empresas do Brasil têm alguma política de controle sobre o uso de mídias sociais no trabalho, contra apenas 20% da média global. As informações são da pesquisa da empresa de recursos humanos Manpower, realizada com 34 mil empregadores de 35 países.
O segundo lugar ficou com a África do Sul, com 40%. Mesmo a China, que censura até pesquisas no Google relacionadas a Dalai Lama, por exemplo, ficou com 33%. Já os empregadores que mais parecem confiar no bom uso das mídias sociais por seus funcionários são os da Polônia (1%) e França (2%). A pesquisa mostra ainda que, no Brasil, o setor que mais controla os empregados é o de finanças (81%), seguido de transportes (65%) e administração pública e educação (58%).
Pedro Guimarães, diretor comercial da Manpower no Brasil, afirma que “as políticas para mídias sociais ainda estão focadas no gerenciamento de riscos, e não na maneira como as ferramentas podem ser aproveitadas em benefício dos empregados e do negócio”. Ele acredita que permitir o acesso a redes como Orkut, Facebook, Flickr e Twitter pode ajudar a motivar o funcionário, fortalecendo junto a ele a missão e os valores da empresa.
Dos quase mil empregadores brasileiros entrevistados, 77% afirmam que evitam a perda de produtividade com suas políticas de uso de mídias sociais. Para 32%, a regulamentação protege informações confidenciais das companhias, e 19% citaram proteger a reputação da empresa como uma boa razão para esse controle.
O estudo “Social Networks vs. Management? Harness the Power of Social Media” encontra-se disponível em http://www.manpower.com/research/research.cfm.
[Ricardo F. Santos - Globo.com]

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