A imagem estereotipada ficou para trás. Eles hoje representam um mercado lucrativo — e todos aqueles assuntos, que antes pareciam enfadonhos, passaram a atrair um público ainda maior. “Nós estamos vivendo ‘A Vingança dos Nerds’, porque esse é um mercado que está na moda. Ser nerd é in”, afirma Fábio Mariano, professor de comportamento do consumo aplicado da faculdade ESPM.
O Omelete, principal site de “nerdices” do Brasil, recebe mais de 1 milhão de visitas por mês. Marcelo Forlani, 34 anos, um de seus criadores, planeja um crescimento de 50% no faturamento em 2010 — encerrou o ano passado com R$ 1,2 milhão, fruto principalmente de publicidade. Furlani começou o Omelete em 2000, depois que sentiu falta de um veículo que falasse sobre quadrinhos. Reuniu-se com o amigo de infância, Érico Borgo, e começaram o projeto que hoje reúne outros assuntos de cultura pop para atrair um número maior de internautas. “Nós percebemos que, se fôssemos falar apenas de quadrinhos, iríamos ter um número muito limitado de visitantes. Por isso acrescentamos música, cinema e séries de TV.”
Consumidores fanáticos: eis o mercado gigante de que fala Forlani. “Um cara que sabe a escalação do América em 1943 é um nerd também, só que de esportes”, diz.
Por enquanto, ele não pretende sair da esfera cultural e tecnológica . O que ele quer dizer com sua frase é que o público de nerds — também conhecidos como geeks — cresce a cada dia. “No nosso trabalho, conhecemos várias pessoas que ‘saíram do armário’, que estão descobrindo que são nerds”, afirma Forlani.
Os empreendedores que enxergam aí uma oportunidade têm que lidar com clientes exigentes, fiéis e dispostos a gastar muito dinheiro para ter aquele game, DVD ou gibi.
[Por Rafael Farias Teixeira- Revista PEGN]
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