quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Brasil é um dos mercados mais atraentes do mundo.

O investidor americano Jim Breyer, de 47 anos, está numa posição privilegiada para analisar o impacto da atual crise econômica nos negócios de venture capital e de private equity (termos em inglês que designam a compra de participações em empresas de pequeno e de grande porte) em todo o mundo.
Ele foi presidente da poderosa Associação Nacional de Venture Capital dos EUA e faz parte do comitê de investimento da Accel, uma das principais empresas americanas do setor. Com um patrimônio de US$ 6 bilhões, a Accel, cuja sede fica em Palo Alto, na Califórnia, detém participações em cerca de 100 empresas, entre elas o Facebook, o site de relacionamento social fundado pelo empreendedor Mark Zuckerberg, que recusou uma oferta de US$ 1 bilhão feita pela Microsoft em 2007.
Segundo Breyer, os fundos de private equity e venture capital deverão captar em 2009 apenas 25% do total de US$ 266 bilhões levantados no ano passado nos EUA, um valor que já era 18% menor que em 2007. Ele diz que falta crédito para financiar os negócios e que o fechamento do mercado de capitais no momento para novas operações de abertura e aumento de capital deverá dificultar a saída dos investidores que entraram nesses fundos antes da crise.
Ainda assim, Breyer afirma que existem hoje boas oportunidades de investimento no mercado e revela que a Accel está estudando a abertura de um escritório no Brasil para garimpar novos negócios. "Os melhores investimentos são geralmente feitos em momentos extremamente difíceis como o que estamos vivendo hoje", diz. "O Brasil é um dos mercados mais atraentes do mundo para investimento de longo prazo em venture capital e private equity. Há excelentes empreendedores, boas perspectivas de crescimento no longo prazo e um mercado interno forte."

[José Fucs - negócios&carreiras - Revistá Época]

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