
A clara estratégia de atrair talentos para os seus cursos de MBA também revela o interesse crescente pelo país, destaque entre os seus pares emergentes. Os escritórios locais fazem ainda parcerias com empresas locais e dão assistência na colocação de seus ex-alunos.
"Não se pode negligenciar o mercado brasileiro, que desempenha um papel importante e cada vez mais conquista seu espaço no mundo dos negócios", afirma Ivan Bofarull, responsável pelos Global Centers (como são chamados os escritórios) da Esade, original da cidade de Barcelona.
"A demanda de multinacionais por profissionais com esse perfil nos convenceu a abrir o escritório", diz ele, que espera, em um ano, que 50% dos estudantes do mundo todo que vão à Espanha estudar procurem a Esade. "Atualmente, esse percentual está em 30%. E esse escritório no Brasil, que já é um país com bastante representatividade fora, deve nos ajudar a alcançar esse objetivo."
A presença da escola no país de origem do estudante facilita não só para o candidato em potencial, que pode obter informações sobre ingresso, mas também para a instituição, especialmente na hora da seleção.
"Conhecer de perto o mercado de trabalho do futuro estudante é essencial para avaliar o currículo. Muitas vezes, a empresa em que ele trabalhou tem bastante destaque no país, mas é desconhecida no exterior. O escritório de representação local vai saber valorizar isso melhor", ressalta Newton Campos, representante do escritório da madrilenha IE Business School, em São Paulo desde 2003.
"Se antes o mercado americano atraía boa parte dos estudantes de MBA, hoje, por causa, da União Europeia, estudar na Europa virou uma opção cada vez mais atraente", afirma Marcos Madureira, diretor-executivo de educação do Instituto Superior da Empresa (ISE), parceira da IESE, que fica em Barcelona e é a escola de negócios da Universidade de Navarra, em Pamplona.
O IESE funciona num molde diferente das suas instituições conterrâneas. Em vez de um escritório de representação, cria uma escola no país em que está se instalando e é onde são dadas as aulas. No Brasil, o ISE funciona desde 1996 com programas voltados para executivos mais experientes, em cargos de direção e presidência. Os cursos de MBA são oferecidos só pela "matriz" espanhola.
Com duração mínima de um ano e custo anual em torno de 50 mil euros, o curso de MBA é dado em inglês e em tempo integral. As instituições têm programas de bolsa de estudo, próprios ou fornecidos por parceiros, que levam em conta, em especial, o mérito.
Os pré-requisitos para ser aprovado num curso de MBA no exterior variam, mas, em geral, incluem bons resultados no Gmat (prova de inglês e lógica) e no Toefl (exame de proficiência de inglês), além de cartas de referência acadêmica e profissional. Experiência relevante de trabalho e até viagens de turismo internacionais contam pontos.
[G1.Globo/notícias]
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